Notícia
A direção do SindSaúde-SP vem a público manifestar seu total apoio aos(às) professores(as) e demais trabalhadores(as) das redes municipal e estadual de ensino da cidade e do estado de São Paulo, que lutam para não retornar às aulas presenciais até que tenham garantida a segurança deles(as) e dos(as) alunos(as).
Infelizmente, tanto o prefeito Bruno Covas quanto o governador João Doria Jr. têm tentado, pelas vias mais arbitrárias possíveis, forçá-los(as) a retornar às salas de aula, mesmo com o crescimento de casos de Covid-19 nas escolas públicas.
No início de março, a Justiça concedeu decisão favorável a seis sindicatos, incluindo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), proibindo o governo de convocar professores e funcionários de escolas públicas e privadas do estado, da educação básica, para aulas presenciais durante as fases laranja e vermelha.
Na última segunda-feira, o estado voltou à fase vermelha de restrições de abertura de algumas atividades econômicas, incluindo as escolas. Pela nova regra, professores(as) e funcionários(as) deveriam voltar às escolas, cabendo apenas aos alunos e seus responsáveis o direito de não comparecerem.
Conforme informações da Apeoesp, numa postura extremamente arbitrária e desumana, visto que estamos no pior momento da pandemia de Covid-19, alguns trabalhadores tiveram descontos em seus salários devido às faltas, mas a entidade está entrando com mandado de segurança judicial para reaver esses valores.
Municipais
Já na rede municipal, professores(as) e demais trabalhadores(as) iniciaram a Greve pela Vida no dia 10 de fevereiro e, também de modo arbitrário, o prefeito Bruno Covas está descontando as remunerações desses(as) profissionais.
No próximo dia 19 de abril, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) vai realizar uma assembleia geral para debater formas fazer um fundo de greve permanente para ajudar a custear esta e outras paralisações.
O SindSaúde-SP se solidariza com a situação desses(as) trabalhadores(as) e repudia as posturas abusivas de Bruno Covas e João Doria, que, embora se coloquem a favor da Ciência, contraditoriamente tomam medidas que colocam em risco a vida de trabalhadores e alunos no momento mais grave da pandemia.
Covid-19 e vacinação
Para se ter uma ideia, no último domingo o estado de São Paulo registrou a sua marca mais trágica na pandemia para esse dia, com 510 mortes pela doença, ajudando a puxar para cima os números gerais do país (1.824 mortes em 24 horas).
A presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel, disse recentemente que a entidade defende a vacina para todos e exige que o governo do estado garanta o trabalho remoto a eles. “Vamos lutar incansavelmente pela vida”, frisou.
Segundo Bebel, o governo colocou a educação como serviço essencial na pandemia, mas se esquece de colocá-la quando se trata de valorizar os professores, pagando salários decentes e melhorando os benefícios.
Dados da Apeoesp mostram que houve casos de Covid-19 em 1094 escolas, cerca de 2.400 profissionais pegaram a doença, sendo que 60 deles morreram, além de duas crianças.
“Queremos vacinação a todos os 120 mil profissionais, de todas as faixas etárias, incluindo aqueles abaixo dos 47 anos, que ficaram fora e estão na faixa com mais alto grau de letalidade neste momento da pandemia”, disse Bebel, em vídeo da TV Apeoesp.
A direção do SindSaúde-SP, mais uma vez, apoia a luta das trabalhadoras e trabalhadores da educação pública do município e do estado de São Paulo.
Vacinação para todos(as)!