Notícia
Mesmo que a pandemia esteja vivendo um de seus piores momentos no Brasil, com recordes diários de mortos, o governador João Doria Jr. decidiu ceder à pressão do empresariado para afrouxar parte das regras atualmente em vigor no estado de São Paulo. Nesta sexta-feira (16), foram anunciadas mudanças no Plano São Paulo.
A partir de domingo (18), o estado começa uma fase de transição, com regras das fases vermelha e laranja para funcionamento de atividades econômicas. A flexibilização permitirá a reabertura do comércio (das 11h às 19h) e a liberação de missas e cultos religiosos.
O anúncio foi feito pelo vice-governador Rodrigo Garcia. A fase de transição, segundo ele, será feita de modo escalonado, ou seja, novas regras entram vigor no dia 24, quando ocorrerá a reabertura de restaurantes, salões de beleza e academias, com no máximo 25% de ocupação de público. Por outro lado, o funcionamento de bares continua proibido.
Como vai ser
A partir de domingo (18):
- O comércio pode funcionar das 11h às 19h, mas com capacidade máxima de 25% de ocupação;
- Missas e cultos podem ser realizados, mas respeitando os protocolos sanitários.
De 24 a 30 de abril:
- Restaurantes e similares; salões de beleza e barbearias; parques (sem horário informado) e atividades culturais. Horário de funcionamento: das 11h às 19h, com limite de 25% de ocupação;
- Academias, das 7h às 11h e das 15h às 19h, também com 25% de ocupação máxima.
Ainda seguem as recomendações em vigor na fase vermelha: teletrabalho, escalonamento de horários alternados para entrada de funcionários dos setores de serviços, comércio e indústria; e toque de recolher das 20h às 5h.
Abril difícil
Nesta semana, boletim extraordinário da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pontuou que abril deve ser um mês tão trágico quanto março para a pandemia de Covid-19. Os pesquisadores da fundação também indicam que só vacinar não basta: é preciso manter as medidas de distanciamento físico.
Ainda assim, o governador João Doria estipulou, dentro do Plano São Paulo, a volta às aulas presenciais nas escolas públicas do estado no último dia 12, deixando a cargo dos pais e responsáveis se querem enviar crianças e adolescentes às escolas.
Contudo, professores e demais trabalhadores, tanto das redes pública estadual quanto da municipal de ensino permanecem mobilizados, e só não voltaram à sala de aula devido à força de uma decisão judicial, em vigor desde o início de março.
Esta semana, inclusive, o SindSaúde-SP elaborou uma nota de apoio à paralisação dos trabalhadores da educação pública municipal e estadual, que querem garantia de vacina para todos antes de retornarem às aulas presenciais.