Omissão, abuso de poder e ineficácia na gestão da pandemia de Covid-19. Essas foram as acusações endereçadas ao governo de Jair Bolsonaro pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ao elaborar relatório no qual concluiu que o governo federal desconsiderou o agravamento da crise, as condições sanitárias do país e as reais necessidades das secretarias estaduais de saúde.

O órgão deu ainda 15 dias para o Ministério da Saúde elaborar um plano estratégico detalhado para viabilizar “medidas relacionadas à gestão e assistência farmacêutica”.

A análise do relatório será uma das prioridades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada no Senado no dia 13 de abril. Os primeiros convocados a depor na comissão deverão ser os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo (Defesa).

Reportagem

O tema foi abordado em reportagem do portal de notícias “UOL” neste fim de semana. Conforme o relato, o Ministério da Saúde se omitiu e foi ineficaz ao não controlar, em tempo real, a disponibilidade de medicamentos para intubação orotraqueal (IOT).

Segundo os auditores do TCU, o descontrole dos números da pandemia foi tamanho que o MS enviou propofol e atracúrio, medicamentos usados na intubação, em quantidades aleatórias, sem levar em consideração o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos estados.

O documento também apontou omissão e abuso de poder na alteração do texto do Plano Nacional de Contingência, que retirou trecho que atribuía ao Ministério da Saúde liderança na coordenação nacional da crise.

Com informações da Rede Brasil Atual. Fonte: UOL