Notícia
Reportagem publicada nesta sexta-feira (23) pelo jornal “Folha de S.Paulo” informa que ao menos 16,5 mil pessoas tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 diferente da primeira, o que não é recomendado pelas autoridades sanitárias devido a possíveis prejuízos na eficácia da imunização. A maioria dos afetados são profissionais de saúde, os primeiros a serem imunizados no país.
Os dados compilados pelo jornal mostram que 7 em cada 10 trocas de fabricantes na vacina contra a Covid ocorreram em trabalhadores(as) da saúde. A reportagem usou informações do Datasus, sistema de informações do Ministério da Saúde.
Universo
O universo analisado é de 3,5 milhões de pessoas, que foram vacinadas de 17 de janeiro a 17 de fevereiro, e retornaram para a segunda dose até 8 de abril.
A partir da análise dos dados, a reportagem constatou que 14.791 receberam a Oxford/AstraZeneca como primeira dose e a Coronavac como segunda. Outros 1.735 teriam sido imunizados com a Coronavac primeiro e recebido a Oxford como segunda dose.
Ainda de acordo com a reportagem, a troca só não foi registrada nos estados do Acre e Rio Grande do Norte.
Protocolo
As duas vacinas são as únicas disponíveis até o momento em todo território nacional e, segundo o protocolo de imunização, os vacinados devem receber as duas doses do mesmo imunizante, uma vez que possuem tecnologias distintas, além de níveis diferentes de eficácia.
Ainda, as vacinas têm intervalos diferentes entre a primeira e a segunda dose. O da Coronavac é de 28 dias e o da Oxford, de até três meses.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse que foi notificado de 481 ocorrências nesse sentido, e informou que “cabe aos estados e municípios o acompanhamento e monitoramento de possíveis eventos adversos a essas pessoas por, no mínimo, 30 dias”.
Com informações da Folha de S.Paulo.