Notícia
Com média móvel diária de mortes batendo na casa dos 2,5 mil nos últimos sete dias e com número médio de casos em 60 mil/dia, abril ainda não acabou, mas já é o pior mês da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Diante de números estabilizados em patamares tão altos, o país deve cumprir em breve o prognóstico de cientistas e chegar à casa dos 600 mil óbitos pela doença em agosto.
Isso porque, com poucas doses de vacina para imunizar a população, principalmente por conta do atraso do governo federal em adquirir os imunizantes, o calendário de vacinação deve arrastar-se até 2022.
Somado a isso, muitos estados, como São Paulo, começaram a afrouxar as regras de restrições de circulação, o que pode ser um agravamento para os indicadores.
São Paulo
O governo do estado de São Paulo anunciou, nesta sexta-feira (23), redução conjunta nos indicadores de novos casos, óbitos e novas internações por Covid pela primeira vez em dois meses.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que o registro de novos casos diários em relação à última semana epidemiológica foi de 12.784 (14% menos); além de 2.267 novas internações diárias (6% menos); e 621 óbitos por dia (queda de 23,6%).
Além disso, as taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão em 81,1% no estado e 79,2% na Grande São Paulo. No começo desse mês, ambos estavam em 92%.
A redução foi atribuída à menor circulação de pessoas nas fases mais restritivas do Plano São Paulo.
Números de país
Embora o anúncio do governo estadual queira dar ares de normalidade, a situação da pandemia não é nada normal. São Paulo puxa com força os indicadores da Covid-19 no Brasil.
Se fosse um país, São Paulo estaria em nono lugar no ranking mundial de óbitos, à frente de países como Alemanha, Espanha e Colômbia.
Até as 18h de ontem (22), o estado tinha registrado 90,8 mil mortes e 2,79 milhões de casos da doença desde o início da pandemia.
Ao todo, o estado tem 23.301 pacientes internados com a doença, sendo 10.826 em UTIs e 12.205 em enfermarias.
Com informações da Rede Brasil Atual, portal UOL e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.