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    Risco de morte aumenta com jornada de trabalho excessiva
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    18/05/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) acendeu um alerta vermelho a respeito das jornadas de trabalho excessivas. Segundo a organização, 745 mil trabalhadores morreram, em 154 países, em decorrência de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVCs) provocados por cargas horárias acima das 55 horas semanais.

     

    A primeira análise global de perdas de vidas e saúde foi feita pela OMS em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento é fruto da análise de mais de 2.300 pesquisas realizadas em 154 países.

     

    Conforme dados do estudo, trabalhar 55 ou mais horas por semana está associado a um risco 35% maior de que o trabalhador tenha um AVC e risco 17% maior de ele morrer de doença cardíaca isquêmica, em comparação a trabalhar entre 35 e 40 horas por semana.

     

    As doenças relacionadas ao trabalho atingem mais os homens, com 72% das mortes, e pessoas com idade entre 60 e 79 anos que cumpriram jornadas excessivas entre 45 e 74 anos, o que significa que trabalhar demais tem consequências futuras.

     

    Pandemia

     

    Embora a análise seja de 2016, as organizações concluíram ainda que, nos dias atuais, há mais pessoas se submetendo a longas jornadas no mundo – atualmente está em 9% da população mundial.

     

    O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a situação deve piorar com a pandemia. “O teletrabalho tornou-se a norma em muitos setores, muitas vezes confundindo a fronteira entre casa e trabalho. Além disso, empresas foram forçadas a cortar, e os que ficaram acabam trabalhando mais”, disse.

     

    Ele pontuou ainda que “nenhum trabalho compensa o risco de derrame ou doença cardíaca”, e fez um apelo a governos, empregadores e funcionários para que entre em acordo sobre os limites da jornada de trabalho.

     

    Com informações da Folha de S.Paulo.

     










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