Movimento de mães lactantes na internet defende uma vacina para proteger dois
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    Movimento de mães lactantes na internet defende uma vacina para proteger dois
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    24/05/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    No último domingo (23), um grupo de mães lactantes, organizadas pela internet, realizou mais um “mamaço” virtual. A intenção é chamar atenção da sociedade e governos para inclusão das lactantes no grupo de prioridades para vacinação contra a Covid-19. O movimento está sendo organizado pelo perfil no Instagram “Lactantes pela Vacina”, que tem mais de 28,9 mil seguidores, e tem como lema: Vacinar um, protege dois!

     

    Esse é o terceiro mamaço virtual organizado pelo grupo. O primeiro foi realizado no Dia das Mães, em 9 de maio, e o segundo foi no dia 14. O movimento surgiu diante de um erro da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) – uma comissão que faz a gestão de saúde e reúne todos os secretários da saúde dos municípios e do estado –, que incluiu as lactantes sem comorbidades na lista de prioridades.

     

    Contudo, quando o estado da Bahia foi discutir a retirada desse nicho da lista, 200 mães participaram da reunião on-line e pressionaram para que fosse mantido. Na ocasião, as lactantes com bebês de até seis meses foram contempladas, mas na última sexta-feira (21), o governo baiano estendeu para lactantes de bebês de até 12 meses. O objetivo do grupo é que as lactantes de todo o país sejam imunizadas.

     

    Estudos preliminares

    Ainda é muito cedo para afirmar que, ao imunizar as mães, os bebês recebam anticorpos suficientes para protegê-los por um período prolongado, mas há uma pesquisa israelense que encontrou o IgA e o IgG no leite materno de mulheres que já foram vacinadas com a vacina da Pfizer-Biontech. O estudo foi publicado no The Journal of the American Medical Association (JAMA), referência em artigos científicos.

     

    Além disso, estudos coordenados pela professora Patricia Gama, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), publicada no Physiological Reports, demonstram que o leite materno contém moléculas bioativas que têm ação antimicrobiana, como caseínas, lactoferrinas, proteínas do soro do leite e triptofano, que protegem o sistema gástrico dos bebês dos efeitos causados pela infecção à Covid-19.

     

    Questão social

    A proteção das lactantes também poderá ajudá-las em questões sociais, tendo em vista que muitas delas são mães solo, precisam trabalhar e, devido à pandemia, tiveram suas redes de apoio reduzidas ainda mais.

    As lactantes lidam com a pressão de correr o risco de deixar os filhos precocemente, caso não vençam a Covid-19, ou se contaminem, ou ainda, o receio de perder seus bebês, pois o Brasil é o país com maior número de mortes de crianças pela doença.

     

    Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, 852 crianças morreram com infecção de Covid-19, sendo 518 menores de um ano. Contudo, a epidemiologista Fátima Marinho realizou um estudo e afirma que esse número pode ser quatro vezes maior, devido à subnotificação, pois não há protocolos consistentes para testagem desse grupo.

     

    Com informações do Firminas, Revista Crescer, ICB-USP e BBC.

     










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