Notícia
A Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (CUT-SP) repudia a decisão do Governo do Estado em autorizar a implantação do Programa de Ensino Integral (PEI) nas escolas da rede pública estadual em meio ao enfretamento à pandemia da Covid-19, com um formato que traz mais prejuízos do que avanços tanto para os profissionais da educação quanto para os alunos.
Não somos contra a Educação de Tempo Integral, mas da forma que o programa está sendo imposto, sem qualquer diálogo com a comunidade escolar, ou seja, sem ouvir professores, funcionários das escolas, estudantes ou pais sobre a proposta, não podemos concordar. Além disso, o método deste programa (PEI) provocará o fechamento de turmas e salas de aula, levando muitos estudantes a terem de se deslocar para escolas mais distantes de suas casas e sem garantia do transporte, com agravantes de levar alunos que trabalham, por exemplo, a abandonar os estudos por não poder permanecer na escola no tempo integral.
Desde o início acompanhamos a luta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) por meio da direção e de suas subsedes em orientar os profissionais de educação, alunos e pais sobre as contradições do PEI que vem sendo imposto pela Secretaria de Educação do governo Doria e também de outros projetos excludentes da pasta como o “novo” Ensino Médio; a Escola Cívico-Militar e a Ejatec.
Por isso, além de repudiar a implantação do PEI, nós da CUT-SP reforçamos nosso compromisso com a luta em defesa do direito à educação pública gratuita e de qualidade, bem como nosso apoio incondicional à luta das companheiras e companheiros da Apeoesp em defesa da vida e contra os mencionados projetos da Secretaria Estadual de Educação que aprofundam a exclusão no ensino público, ainda mais nesse período de pandemia em que o governo sequer conseguiu garantir a vacinação de todos os professores e profissionais da educação e ainda assim determinou a retomada das aulas presenciais.
Professores, trabalhadores da educação, estudantes, pais ou responsáveis, exija a reunião do Conselho de Escola para discutir a implantação desses projetos em sua unidade e diga não à exclusão!
Somos forte, somos CUT!
São Paulo 24 de maio de 2021.
Executiva da CUT São Paulo