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    Fiocruz faz estudo sobre o perfil dos profissionais de saúde invisíveis
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    22/06/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Para trazer à tona os problemas enfrentados por trabalhadoras e trabalhadores da saúde, técnicos, auxiliares e profissionais do apoio no combate à Covid-19, uma equipe da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e do Centro de Estudos Estratégicos (CEE), da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), com apoio do SindSaúde-SP, está realizando a pesquisa “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”. Clique aqui e responda!

     

    Em reunião virtual com a direção do SindSaúde-SP, na última segunda-feira (21), Maria Helena Machado, coordenadora do estudo, explicou que os gestores de hospitais e de unidades de saúde muitas vezes não levam em consideração a proteção dos profissionais que não estão na lida direta com os pacientes de Covid-19, mas que, ainda assim, estão sob risco de contrair a doença. Clique aqui e leia a metodologia da pesquisa.

     

    “A invisibilidade desses trabalhadores é social, não é pela qualidade de trabalho. Aliás, a atuação deles é de extrema importância para o funcionamento do Sistema [de Saúde]”, explicou a pesquisadora, que completou: “Desejamos analisar em profundidade as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores de nível médio, auxiliar e apoio, nos quais denominamos de trabalhadores invisíveis da saúde”.

     

    “A precarização da saúde produziu o adoecimento desses trabalhadores. Eles estão desamparados em vínculos frágeis e a falta de educação permanente e de capacitação para eventos adversos, como esse que enfrentamos, produzem problemas físicos e mentais”, afirmou Maria Helena.

     

    Pesquisa

     

    A pesquisa teve início em janeiro deste ano e abrange um universo de pelo menos 1,5 milhão de trabalhadores de todo o país, em 60 profissões diferentes, como técnicos e auxiliares de enfermagem, de raio X, análise laboratorial, farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, manutenção, limpeza e conservação, agentes comunitários de saúde, trabalhadores do serviço funerário, entre outros.

     

    O dia a dia na saúde

    A presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, ressaltou os enfretamentos que o Sindicato, enquanto representante das trabalhadoras e trabalhadores da saúde pública do estado de São Paulo, teve com o governo estadual desde o início da pandemia. “Tivemos que ir à Secretaria [de Estado] da Saúde toda semana cobrar que os EPI’s [Equipamentos de Proteção Individual] fossem fornecidos aos trabalhadores”, contou.

     

    Cleonice também ressaltou que, mesmo diante da Covid-19, o governo estava fazendo a reavaliação do grau de insalubridade. “O processo de reavaliação foi suspenso temporariamente depois que o SindSaúde-SP entrou na Justiça”, relatou a presidenta.

     

    Maria Helena associa tal medida com a retirada de cidadania daquele trabalhador. “Quando há redução do grau de insalubridade, redução salarial ou redução do quadro de profissionais é a perda de cidadania do profissional”, avaliou.

     

    A secretária-geral do SindSaúde-SP, Célia Regina Costa, também destacou que muito se falou das mortes e adoecimentos dos trabalhadores de nível superior, mas que a Covid-19, infelizmente, atingiu a todos. “É uma tragédia diária e de várias categorias. O pessoal da administração, laboratórios, limpeza... Perdemos todos eles”, lamentou.

     

    Questionário

     

    Se você trabalha na saúde, tanto no setor público quanto no setor privado, participe! Sua contribuição pode ajudar a gerar dados que podem fortalecer a defesa de seus direitos. Maria Faria, diretora do SindSaúde-SP e presidenta do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ressaltou a importância do estudo. “Essa pesquisa, além de tornar os trabalhadores visíveis, trará uma perspectiva de futuro para esses profissionais.”

     

    O questionário é anônimo e todas as informações declaradas irão permanecer em sigilo. O tempo de resposta é de cerca de 15 minutos.

     

    As perguntas abordam o cotidiano dos trabalhadores que têm papel importante na saúde e que, muitas vezes, sofrem ainda mais com a desvalorização por parte dos governos e gestões.   Clique aqui e responda!

     

    A divulgação dos resultados da pesquisa está prevista para agosto e haverá uma live do SindSaúde-SP com a participação da coordenadora do estudo para apresentar a análise dos dados.

     

     










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