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    53% dos brasileiros dizem que saúde mental piorou na pandemia, diz estudo
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    24/06/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A percepção do brasileiro é de que a sua saúde mental piorou na pandemia de Covid-19. O estudo “One Year of Covid-19”, realizado pelo Instituto Ipsos, mostra que 53% dos entrevistados para a pesquisa acreditam que sua saúde mental mudou para pior no período.

     

    O psicanalista e professor titular em Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Christian Dunker, diz que, de fato, a pandemia é um fator de risco para doenças mentais e, também, para as físicas.

     

    “Do ponto de vista de transtornos mentais, podemos atribuir o risco aos efeitos da solidão, da privação do contato social, das relações com outras pessoas – que são benéficas e protegem a vida psíquica -, e outros motivos, como a redução de renda, a falência, o desemprego e o aumento da violência”, elenca.

     

    Todos esses fatores, associado ao sedentarismo, aumento do consumo de álcool e drogas ilícitas, incluindo outros maus hábitos à saúde, potencializam os transtornos mentais.

     

    Piora no cenário

    A presidenta do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SinPsi-SP), Fernanda Lou Sans Magano, concorda com Dunker. “Fatores como o isolamento social, o teletrabalho ou mesmo a condição de ter que enfrentar o risco de contaminação no trabalho presencial são situações que também contribuem para o adoecimento mental”, diz.

     

    Na opinião dela, a pandemia apenas escancarou uma situação que já vinha se arrastando desde que a ex-presidenta Dilma Rouseff sofreu impeachment.

     

    O afastamento de Dilma, na opinião dela, aprofundou a crise econômica, a retirada de direitos, a destruição de políticas sociais e, de modo geral, piorou as condições de vida da população, especialmente as pessoas socialmente mais vulneráveis.

     

    Como lidar

    Dunker diz que cada caso é um caso, sendo, portanto, difícil indicar uma fórmula padrão a todos. “Devemos abandonar a ideia de que saúde mental implica em procedimento igualmente eficaz para todos”, aponta.

     

    Ele recomenda a “escuta de si” e que cada um construa sua própria “produção de experiências de prazer”, redes de afetos e cuidados com sono, alimentação e sexualidade.

     

    “A saúde mental começa antes de termos os transtornos. Começa percebendo o nível e o tipo de sofrimento que você está se permitindo até mesmo em nome de um aumento da produtividade ou outras razões que você cria para se justificar, mas não mudam o fato de que você está cruzando barreiras. Seu corpo avisa sobre isso”, aconselha.

     

    Com informações da CUT.










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