Notícia
Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde mostram que as coberturas vacinais estão em queda há cinco anos e, desde 2018, não atingem as metas do calendário infantil. Em 2020, a taxa geral, contando todas as vacinas e para todas as idades, foi de 66,63%, sendo que o ideal é entre 90% e 95%.
Conforme dados do sistema, os indicadores mais baixos foram registrados para febre amarela (57,11%) e tetraviral (20,67%), que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora).
"Quando o percentual de vacinados não é alto o suficiente, o agente causador da doença, que pode ser um vírus ou uma bactéria, encontra pessoas suscetíveis e se espalha com facilidade", explica Flávia Bravo, membro da diretoria e da Comissão de Revisão de Calendários de Vacinação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim).
Por outro lado, quando em um grupo há vários imunizados e uma pessoa adoece, o vírus não consegue circular e acaba ficando somente com a pessoa doente.
Por essa razão, os especialistas em saúde alertam que, para que a imunidade de rebanho seja atingida, é preciso que haja uma taxa de ao menos 75% de pessoas imunizadas.
Se a cobertura vacinal está entre 90% e 95%, as chances de uma pessoa infectada infectar outra praticamente desaparece.
Sarampo
A falta de imunização contra o sarampo fez com que o Brasil registrasse novos surtos de sarampo em 2018, após ficar 18 anos sem ter nenhum caso autóctone. Por conta disso, o Brasil perdeu, no ano passado, o status de país livre da doença, concedido em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Outras enfermidades que também estão ameaçadas de sair dessa lista por conta das constantes quedas no número de brasileiros imunizados são a poliomielite, a difteria e a rubéola congênita.
Com informações do UOL.