As prefeituras de São José do Rio Preto, na região oeste do estado, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, ambas no Grande ABC, divulgaram que quem se recusar a tomar a vacina disponível contra a Covid-19 vai para o fim da fila e receberá a imunização apenas após toda a população com mais de 18 anos ser vacinada.

Além disso, nas três cidades, ao se recusar, a pessoa terá que assinar um “termo de recusa e responsabilidade”, no qual consta que a cidade ofertou a vacina dentro do calendário, no prazo estipulado pelos Planos Nacional e Estadual de Imunização, e que a pessoa se recusou a tomar a dose. O documento será anexado ao prontuário da rede municipal. Em Rio Preto, a medida começou na última terça (29), e nas cidades do ABC, na última quinta-feira (1º).

A Secretaria Municipal de Saúde de São José do Rio Preto divulgou que tomou essa decisão por conta das longas filas em estavam disponibilizando as vacinas da Pfizer e Janssen. Já naquelas em que havia Coronavac e AstraZeneca, não havia procura. As pessoas perguntavam qual era o fabricante e desistiam quando ficavam sabendo que se tratava desses dois últimos imunizantes. A Prefeitura de São Bernardo do Campo informou que pelo menos 300 pessoas desistiram da aplicação de vacinas pelo mesmo motivo.

O SindSaúde-SP salienta que qualquer uma das vacinas disponíveis no Brasil tem eficácia comprovada e foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, diante da letalidade da Covid-19, o importante é estar vacinado para se proteger e proteger quem convive com você.  

Mundo

As cidades paulistas não são as primeiras a tomarem essa decisão. Em Portugal, o governo anunciou, em março, que tomaria medida similar, pois a população estava se recusando a tomar a AstraZeneca, argumentando que queria evitá-la por conta da reação adversa causada pela vacina.