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    Oito meses após extinção da Sucen, dengue e chikungunya voltam a crescer em SP
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    08/07/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Os casos de dengue e chikungunya, que tinham caído em 2020 em consequência das restrições impostas pela pandemia, voltaram a crescer em 2021. Os casos de chikungunya cresceram quase 2.900% no estado de São Paulo neste ano. Até 22 de junho, foram registrados 7,6 mil casos, enquanto ao longo de todo o ano de 2020, foram apontados 254 casos. Além disso, após dois anos sem registrar mortes, houve três em 2021.

     

    Em relação à dengue, somente a cidade de São Paulo notificou 6.409 incidências da doença de janeiro a junho deste ano, mais que o triplo do registrado ao longo do ano passado (2009). Mas ainda não houve óbitos pela doença em 2021, enquanto foi apontada uma morte em 2020 no município.

     

    No estado de São Paulo, ao longo de todo o ano de 2020, foram confirmados 194.093 casos de dengue com 142 óbitos, enquanto na semana epidemiológica de 3 de janeiro a 29 de maio deste ano, foram confirmados um total de 107.800 ocorrências e 30 mortes.

     

    De todas as cidades, o caso mais emblemático é de Piracicaba. Em 2020, o município apontou 1.387 ocorrências confirmadas de dengue e, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde, este ano foram 4.679 até o fim de maio.

     

    Em relação à chikungunya, em 2019 foram apontados 315 casos ao longo de todo o ano, número também abaixo do apontado este ano.

     

    Tanto o vírus da dengue quanto o do chikungunya são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera nos períodos de chuvas associados ao calor do verão. Como durante a pandemia o combate aos focos do mosquito foi reduzido, houve aumento dos casos.

     

    Extinção da Covisa e da Sucen

     

    Lamentavelmente, tanto a cidade de São Paulo quanto o estado perderam dois órgãos importantes. O então prefeito Bruno Covas extinguiu a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e, no âmbito do estado, a lei 17.293, de outubro de 2020, acabou com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), que faz um importante trabalho de monitoramento, pesquisa e controle de arboviroses em todo o estado.

     

    Até hoje, as trabalhadoras e trabalhadores da Sucen não sabem o que acontecerá com eles(as), e o SindSaúde-SP tem negociado com o governo estadual a manutenção dos 946 empregos ativos, conforme dados do Portal da Transparência do Governo do Estado de São Paulo.

     

    Além disso, os municípios com menos de 50 mil habitantes, que não têm condições de controlar as arboviroses com a mesma estrutura que tinha a extinta autarquia, ainda não sabem como farão para manter o serviço no mesmo patamar de eficiência da Sucen.

     

     

    Crédito imagem: Portal NC

     

     










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