Notícia
Apesar de o governo federal propagandear o uso de remédios ineficazes contra a Covid-19 em vez de incentivar a vacinação, o Ministério da Saúde admitiu, em documento encaminhado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que o “kit Covid”, usado no chamado tratamento precoce contra a doença, não funciona.
O envio de documentos foi realizado esta semana. Pesquisas científicas já demonstraram que os medicamentos do kit – ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina, entre outros – não são eficazes no tratamento da doença.
Trecho do documento enviado pelo MS à CPI diz isso claramente: "Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população".
As notas técnicas foram entregues à comissão após pedido do senador Humberto Costa (PT-PE), que é médico e já foi ministro da Saúde (2003-2005).
CPI
A CPI apura se a existência de um gabinete paralelo ao Ministério da Saúde influenciou o atraso na compra das vacinas, o favorecimento de laboratórios e a compra de medicamentos do "kit covid".
Documento enviado à CPI aponta que laboratórios fabricantes desses medicamentos podem ter faturado mais de R$ 1 bilhão com a venda deles durante a pandemia de Covid-19 (para ler notícia a respeito, clique aqui).
Com informações de Congresso em Foco.
Crédito imagem: Agência Brasil