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    Trabalhadoras da saúde pública negras ganham, em média, salário 75% menor que trabalhador branco
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    28/07/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, abordou a imensa desigualdade salarial que existe entre as trabalhadoras e trabalhadores da saúde pública do estado de São Paulo durante a live do Julho das Pretas, que celebrou Tereza de Benguela.

     

    A atividade também teve como tema todas as mulheres negras que lutam e resistem contra o racismo, preconceito, exclusão e toda forma de discriminação e foi realizada na última segunda-feira (26), pela Secretaria de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) e a pela Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).

     

    Cleonice ressaltou que os problemas históricos em relação à escravização da população negra ainda refletem em questões profissionais. “O serviço público, infelizmente, traz esse estigma. Para vocês terem uma ideia, a média salarial das mulheres negras que trabalham na saúde pública é de R$ 1891 reais. Esse valor é 58% menor do que a média salarial de uma mulher branca”, explicou a presidenta do SindSaúde-SP e completou: “Se comparar com a média de um homem branco, a diferença é ainda mais gritante, sendo 75% menor.”

     

    Os dados apresentados por Cleonice são resultado de um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido do SindSaúde-SP, tendo como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

     

    Outro ponto tratado pela presidenta do Sindicato é que mais de 70% das trabalhadoras da saúde são mulheres e mais da metade delas são negras. “Muitas delas são arrimo de família e enfrentam uma sobrecarga muito grande de trabalho”, afirmou.

     

    Durante sua fala Cleonice também lamentou a perda de tantas companheiras e companheiros da saúde durante a pandemia. “Me solidarizo com as famílias dessas trabalhadoras e trabalhadores e dos outros 540 mil mortos pela Covid-19 no Brasil.”

     

    O debate

    A live teve quatro mesas de debate com temas como “A organização das mulheres negras pós-golpe de 2016”, “O cenário para as mulheres negras”, “A organização das mulheres negras no movimento sindical” e “O papel das mulheres nas organizações”.

     

    Entre as participantes do debate estão: Matilde Ribeiro, ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e Eleonora Menicucci, ex-ministra de Políticas das Mulheres e professora da UNIFESP. A mediação de todo encontro será feita por Rosana Aparecida da Silva, secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, e por Sandra Mariano, da Conen.










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