Notícia
O Chile é o país com a campanha de vacinação mais avançada das Américas, com pouco mais de 63% de sua população completamente imunizada contra a Covid-19 e 72% tendo recebido a primeira dose. Entre os vacinados, a maior parte recebeu o imunizante da Sinovac (cerca de 75%), mesma fabricante chinesa responsável pela Coronavac no Brasil. Isso mostra que, a despeito de todo preconceito acerca da vacina chinesa, ela tem dado resultados efetivos no combate ao agravamento da doença.
Além da Sinovac, o Chile também usa as vacinas da Pfizer, da AstraZeneca e de dose única da Cansino, mas em escala bem menor que a Sinovac.
Ontem (28), o país atingiu o menor número de casos diários da doença (1.352, segundo o Our World in Data) desde outubro do ano passado, e especialistas atribuem isso à efetividade da vacinação. A conquista veio dias após o Chile registrar a menor taxa de positividade nos testes de Covid, realizados diariamente desde o início da pandemia.
"Acreditamos, hoje, que essa forte queda nos casos é fruto praticamente exclusivo da vacinação, porque isso não veio acompanhado de maiores restrições, mas sim do contrário. As restrições foram caindo, a vacinação foi aumentando e os casos foram diminuindo”, disse Ignacio Silva, médico infectologista e pesquisador da Universidade de Santiago do Chile.
Críticas
No Brasil, a CoronaVac, também produzida pela chinesa Sinovac, mas em parceria com o Instituto Butantan, tem sido alvo de preconceito por parte do governo federal e de parte da população devido à campanha difamatória contra o imunizante chinês por parte de autoridades políticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já chancelou a CoronaVac, colocando-a na rede de distribuição global por considerá-la eficiente e segura para ser aplicada. Portanto, não há, de parte da OMS, qualquer intenção de rever isso.
Contudo, um estudo realizado no Brasil diz que o imunizante é apenas eficiente a partir da segunda dose e que a eficácia cai quanto mais velho for o paciente.
Mas, em relação à Sinovac usada no Chile, um estudo publicado em julho pelo “New England Journal of Medicine” mostra que ela teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela Covid-19 naquele país.
Com informações do UOL e Folha de S.Paulo.