Notícia
A vice-diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão, disse, nesta terça-feira (17), que é difícil prever quando a pandemia de Covid-19 vai acabar, principalmente porque a cobertura vacinal dos países mais pobres ainda é muito baixa ou praticamente inexistente, e a variante delta do coronavírus preocupa. “Estamos trabalhando com uma cobertura vacinal de 70% (da população mundial) só para o ano que vem”, pontuou, em entrevista ao “Jornal da CBN”, da “Rádio CBN”.
A respeito da vacinação no Brasil, ela reconheceu o “esforço enorme” dos governos federal, estaduais e municipais pela imunização, mas enfatizou a importância de se continuar a seguir os protocolos sanitários, como o uso de máscara e distanciamento físico, mesmo para quem tomou as duas doses da vacina.
Ela comentou que o crescimento de casos mais graves da doença e até mesmo morte de idosos que tomaram as duas doses se deve ao afrouxamento das medidas sanitárias, uma vez que a vacina não previne a disseminação do vírus.
Terceira dose
Sobre a notícia de que autoridades estariam defendendo a aplicação de uma terceira dose do imunizante, Mariângela vê a iniciativa com cautela, pois, segundo ela, não há comprovação científica sobre a necessidade de uma terceira dose do imunizante.
Na entrevista, ela também reforçou que a falta de imunização não deve ser um impeditivo para uma pessoa viajar, o que pode ser resolvido com um exame RT-PCR negativo, e que exigir o comprovante de vacinação “é uma forma de discriminação dupla”, pois, além de muitos indivíduos não terem acesso ao imunizante, estão sendo impedidos de viajar.
Com informações da Rádio CBN.