Trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem, além de representantes de entidades representativas desses profissionais, participaram ontem (17), em Brasília, de ato reivindicando que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, coloque em votação o Projeto de Lei 2.564/2020, que institui o piso nacional e a jornada semanal de 30 horas.

De acordo com projeções dos organizadores da manifestação, pouco mais de 2 mil pessoas participaram do ato, que começou pela manhã na esplanada dos ministérios e concentração em frente ao prédio do Ministério da Saúde.

Para ir para votação, a proposta, de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), depende de decisão de Pacheco para ser colocada em votação. No entanto, o PL encontra forte resistência do setor privado, entidades filantrópicas, prefeituras e de parlamentares, principalmente os da base governista, sob a alegação de que não há recursos para arcar com os custos do piso nacional.

O PL 2.564 propõe duas reivindicações muito antigas desses(as) trabalhadores(as): jornada semanal máxima de 30 horas e piso salarial de R$ 7.315 para enfermeiros e enfermeiras; de R$ 5.120,50 para técnicos e técnicas; e R$ 3.657,50 para auxiliares.

O SindSaúde-SP, que há alguns anos conquistou, ao lado das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público da saúde do estado, a jornada de 30 horas para o pessoal das áreas técnica e administrativa da administração direta, apoia o PL 2.564, por entender que as trabalhadoras e trabalhadores da saúde de todas as esferas merecem esses direitos.

Há anos, os profissionais de enfermagem lutam pelo piso nacional e pela jornada de 30 horas. Já passou da hora de que tenham esses direitos assegurados.

Com informações do Cofen.