Notícia
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) preveem que a cidade de São Paulo deve ter uma nova explosão de casos de Covid-19 a partir de setembro, devido ao avanço da variante delta. Por ora, foram confirmados 93 casos da doença na cidade com essa nova cepa do coronavírus, mais letal e transmissível.
No estado todo, foram confirmados 135 casos da doença com a variante delta, sendo 36 deles autóctones (contraídos na própria localidade) e 10 importados. Os demais estão sendo estudados.
De 40 casos rastreados pela plataforma Info Tracker, 14 eram indivíduos que haviam sido imunizados com uma dose de vacina, três com duas doses e 23 não tinham sido vacinados.
Para fazer a projeção, os pesquisadores compararam dados de regiões de outros países onde a variante delta é dominante. A partir da análise, eles concluíram que o tempo médio transcorrido entre os primeiros registros da variante delta até um aumento expressivo de novas contaminações foi de 80 dias.
De acordo com os resultados, o Rio de Janeiro já passou daquele período e, em São Paulo, transcorreram 57 dias desde os primeiros casos notificados.
Sequenciamento
Dados de sequenciamento genético realizado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro mostram que a variante delta é predominante em 60% das amostras analisadas. Em São Paulo, análise feita mostra que esse porcentual está em 25% na Grande São Paulo. Porém, estudo do Instituto Butantan aponta que esse indicador vem crescendo.
Por essa razão, especialistas temem o fim das restrições anunciadas pelo governo do estado de São Paulo, que liberou na última terça-feira (17) a realização de eventos sociais, feiras corporativas e visitas a museus, mas com limite de público.
Embora tenha reduzido o indicador de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o porcentual de vacinados com as duas doses ainda é baixo (pouco mais de 30%).
Além disso, São Paulo também permitiu que comércio e serviços funcionassem sem restrição de horário ou de público.
Com informações do G1