São Paulo quer antecipar aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer
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    São Paulo quer antecipar aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer
    Autor: SindSaúdeSP
    19/08/2021

    Crédito Imagem: SindSaúdeSP

    Em nova queda de braço com o governo federal pelo protagonismo na vacinação contra a Covid-19, o governo do estado de São Paulo anunciou, na última quarta-feira (18), na tradicional coletiva de imprensa sobre a Covid-19, que pretende reduzir o intervalo do imunizante da Pfizer, conforme orientado pelo fabricante, das atuais 12 semanas para 21 dias. No entanto, o executivo estadual ressaltou que só será possível colocar essa medida em prática se o Ministério da Saúde enviar novas remessas da vacina ao estado.

     

    O assunto já estava em pauta desde a manhã da quarta-feira, quando o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que considera diminuir o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer para 21 dias em setembro. Conforme as projeções do governo federal, até o fim do mês que vem todos os brasileiros adultos receberão ao menos a primeira dose da vacina.

     

    “O intervalo da Pfizer no bulário é de 21 dias. Para avançar no número de brasileiros vacinados com a primeira dose, resolveu-se ampliar o espaço para 90 dias. Agora que nós já vamos completar a D1 [primeira dose] em setembro, estudamos voltar o intervalo para 21 dias para que a gente possa acelerar a D2 [segunda dose]. Se fizermos isso, em outubro teremos mais de 75% da população vacinada com a D2”, disse o ministro ao portal de notícias “G1”.

     

    São Paulo

     

    O governo do estado alega que pretende usar tal estratégia para reduzir os riscos de contaminação com a variante delta, a qual, segundo estudos preliminares, mostrou-se resistente em pessoas que haviam recebido apenas a primeira dose.

     

    "São Paulo vai seguir a recomendação da redução do intervalo das doses da vacina da Pfizer. Os nossos técnicos entendem que é possível reduzir o intervalo. Aliás, como estabelece o próprio fabricante, que atesta a eficácia e a segurança da vacina em um prazo bem inferior aos 90 dias que têm sido praticados no Brasil", afirmou o governador João Doria Jr., durante a coletiva.

     

    Entenda o caso

     

    O governo de São Paulo acusou o Ministério da Saúde (MS) de cortar pela metade o envio de doses de vacinas contra a Covid-19 ao estado, o que pode comprometer o calendário de vacinação estadual. Das 228 mil doses esperadas do imunizante da Pfizer, apenas metade foi recebida.

     

    O executivo estadual encaminhou, então, um ofício ao ministério solicitando o envio da totalidade de doses. O governo de São Paulo chegou a acusar a pasta de estar boicotando a vacinação em São Paulo, o que foi negado pelo MS, que afirmou estar apenas obedecendo a novos critérios de distribuição.

     

    Após não conseguir o resultado esperado em uma audiência de conciliação, realizada em 12 de agosto, com o Ministério da Saúde, o governo de São Paulo decidiu ingressar com uma ação na Justiça contra a pasta para exigir que continue entregando a mesma quantidade de doses de vacinas contra a Covid-19.

     

    Já na última terça-feira (17), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu parecer favorável ao governo de São Paulo e determinou que o governo federal garanta a remessa das vacinas da Pfizer necessárias à imunização complementar de quem já tomou a primeira dose da vacina.

     

     

    Com informações do G1










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