Notícia
A última edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz aponta que, pela oitava semana consecutiva, houve redução no número de casos, internações e óbitos por Covid-19 no país. No entanto, a publicação indica que a situação no estado do Rio de Janeiro preocupa, pois a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensivo (UTI) por pacientes com a doença atingiu 70%, o que não ocorria desde meados de julho (para ver a publicação na íntegra, clique aqui).
Dados do boletim mostram que a taxa de mortalidade geral no país por Covid-19 caiu 0,9% diariamente, enquanto a de casos diminuiu 1,5% ao dia.
As maiores taxas de incidência da doença foram observadas no Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Roraima e Tocantins; já os mais altos registros de mortes ocorreram no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro e Roraima.
Tendência de alta
Por outro lado, no período de 1º a 14 de agosto foi registrada queda na incidência e mortalidade por Covid-19 em todos os estados, exceto no Rio de Janeiro, que registrou alta abrupta de casos, levada pela circulação livre da variante delta, mais transmissível e letal.
Além da variante delta, o cenário no Rio mostra aumento da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARG). Casos de SRAG/Covid também apresentam indícios de alta nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Paraná.
Ainda segundo o boletim, cerca de 98% dos casos de SRAG com confirmação positiva é por infecção do vírus Sars-CoV-2.
‘Sensação artificial de normalidade’
Os cientistas reforçaram a importância de que sejam mantidos os protocolos sanitários, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento físico, especialmente por conta do aumento da circulação de pessoas nas ruas, “devido à sensação artificial de que a pandemia acabou”.
Eles frisaram ainda que “além da variante delta, a retomada de crescimento de casos é reflexo de dois processos simultâneos. Sete meses após a aplicação da primeira vacina no país, entre a população adulta (18 anos ou mais), somente 32,2% receberam esquema vacinal completo”, e 41,2% foram imunizados com a primeira dose, o que ainda é pouco.
Diante desse cenário, eles indicaram a importância de adaptar serviços de saúde para a nova fase da pandemia, intensificando ações de vigilância, testagem e rastreamento de contatos.