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    Marcos Boulos diz que governo de SP ignorou opinião de comitê da Covid-19
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    20/08/2021

    Crédito Imagem: Secom GESP

    O governo de São Paulo teria ignorado opinião médica do Centro de Contingência do Coronavírus, que foi desmembrado pelo executivo estadual nesta semana, para não flexibilizar as medidas restritivas de circulação de pessoas, necessárias para impedir a disseminação do coronavírus.

     

    No último dia 17, o governo estadual deu permissão para a realização de eventos sociais, feiras corporativas e visitas a museus, mas com restrição de público. O médico infectologista Marcos Boulos, que é ex-membro do comitê, disse que o centro estava “incomodando o governador (João Doria)”, pois os integrantes eram contrários à flexibilização das medidas.

     

    Em entrevista ao portal de notícias “UOL”, publicada nesta sexta-feira (20), Boulos disse que muitas das decisões tomadas pelo governo do estado, como a reabertura desta semana, não passaram pela análise do centro.

     

    "Os especialistas do Centro de Contingência [estavam] se sentindo meio, não sendo ouvidos, e mais. Ainda mais recentemente, as decisões eram tomadas, relacionadas à saúde, mesmo sem passar pelo Centro de Contingência. As decisões do governo eram feitas, de certa maneira, ignorando a presença do Centro de Contingência”, disse Boulos.

     

    Comitê

    O Centro de Contingência foi criado em março de 2020. Era formado por 21 médicos e, agora, deverá ficar com nove membros. O objetivo é auxiliar na gestão das decisões para combate da pandemia de Covid no estado.

     

    “Nós estamos em um momento em que, com a liberação acontecendo, com as práticas, inclusive, dos lobbies, de tentar fazer a parte econômica retornar em um momento ainda muito ruim, fez com que o governo visse menos o Centro de Contingência. Isso estava causando uma relação desconfortável”, pontuou.

     

    O ex-membro do comitê declarou que o centro estava "incomodando o governador" por indicar ações contrárias às flexibilizações anunciadas pelo político, e que, hoje, o governador está cercado de pessoas que concordam com suas últimas decisões de reabertura do estado.

     

    Ele enfatizou que o centro era contrário à flexibilização por não achar o momento adequado, especialmente por conta do avanço da variante delta.

     










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