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    Agosto Branco: tabagismo pode causar câncer de pulmão e piorar quadro de Covid-19
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    23/08/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A despeito de todas as propagandas antitabagistas, o câncer de pulmão continua matando muitos fumantes pelo mundo. Somente no ano passado, foram 1,8 milhão de pessoas, o que corresponde a 18% do total de mortes por todos os tipos de câncer. Obviamente o cigarro não é a principal causa desse tipo de câncer, mas está relacionada a 90% dos casos da doença.

     

    Para lutar e prevenir contra esse tipo de câncer, agosto foi instituído o mês de combate e prevenção ao câncer de pulmão, doença que atinge principalmente os homens.

     

    De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum, correspondendo a 13% dos novos casos da doença.

     

    De 2020 a 2022, a expectativa é de que surjam 30.200 novos casos. Somente no estado de São Paulo, as projeções indicam 6.890 novos.

     

    Além do câncer de pulmão, o cigarro também causa outros tipos de câncer, como de cabeça e pescoço, esôfago, bexiga e pâncreas. Também está associado ao câncer de mama.

     

    Covid-19

    A relação do tabagismo com o câncer é direta e outro sinal amarelo é que o tabaco ajuda a complicar o quadro de pacientes fumantes com Covid-19.

     

    Dados do INCA mostram que o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por isso os fumantes estão mais suscetíveis a contraírem vírus, bactérias e fungos, além de serem acometidos com mais frequência a infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose.

     

    Então, segundo o INCA, pode-se dizer que o tabagismo é fator de risco para Covid-19, principalmente por conta do comprometimento da capacidade pulmonar, o que faz com que o paciente desenvolva casos mais graves da doença.

     

    Profissionais de saúde

    A última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 12,6% dos brasileiros fumavam regularmente. Em 1989, esse número era de 34,8%, ou seja, graças às campanhas antitabagistas, o índice caiu. Mas, se pensarmos que esse universo é de cerca de 27 milhões de pessoas, é um número bastante expressivo.

     

    Esse indicador é muito parecido no universo de profissionais de saúde. Pesquisa feita no ano passado pela enfermeira e pesquisadora Andrea Cotait Ayoub, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, mostra que 10% dos profissionais de saúde entrevistados no hospital se disseram fumantes.

     

    O levantamento (656 profissionais de saúde responderam ao questionário) mostrou que a educação formal na área de saúde e o conhecimento dos males causados pelo cigarro não contribuíram para reduzir o hábito.

     

    A pesquisa apontou também que 12,2% dos entrevistados eram ex-tabagistas, e concluiu que escolaridade, religião, estado civil, cargo, responsabilidade pela renda familiar, histórico pessoal de depressão e elitismo, ter pais tabagistas, chiado no peito e outros sintomas estavam significativamente associados ao fato de ser tabagista e ex-tabagista (para acessar o estudo, clique aqui).

     

    Em resumo, o primeiro passo para evitar o câncer de pulmão é largar o cigarro. Isso, somado a uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física regularmente podem ajudar a prevenir a doença.










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