Notícia
As vacinas CoronaVac e AstraZeneca mostraram-se eficazes contra a Covid-19, contribuindo para reduzir a hospitalização e morte, conforme estudo preliminar feito por pesquisadores das universidades federais da Bahia e de Ouro Preto; da Universidade de Brasília; da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; da London School of Hygiene & Tropical Medicine e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O trabalho foi publicado ontem (26) no medRxiv, plataforma que disponibiliza pesquisas ligadas à saúde e que ainda estão em processo de revisão.
O estudo utilizou um levantamento de 60,5 milhões de brasileiros vacinados entre os dias 18 de janeiro e 30 de junho de 2021. Desse total, 21,9 milhões (36,2%) foram imunizados com a CoronaVac e 38,6 milhões (63,8%), com a AstraZeneca.
Objetivos
O propósito do estudo era avaliar a efetividade dos imunizantes para prevenir casos graves, hospitalizações, admissão em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mortes por Covid-19.
Os pesquisadores compararam os dados dos indivíduos vacinados com dados obtidos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
Pela comparação, eles observaram que entre aqueles com esquema vacinal completo (duas doses dos imunizantes), 54,2% dos que tomaram CoronaVac apresentaram risco menor de infecção pelo coronavírus, 72,6% menor risco de hospitalização, 74,2% menor risco de admissão em UTI e 74% menos risco de morrer.
Entre os que tomaram apenas a primeira dose da CoronaVac, houve redução de ao menos 50% do risco de infecção, 26,5% menos risco de hospitalização, 28,1% de admissão em UTIs e 29,4% de chegar a óbito.
Já entre aqueles que tomaram as duas doses da AstraZeneca, 70% apresentaram menor risco de infecção, 86,8% de internação, 88,1% de admissão na UTI e 90,2% menos risco de morte.
Dos que receberam somente uma dose da AstraZeneca, 32,7% apontaram menor risco de infecção, 50% menos riscos de hospitalização, 53,6% de admissão em UTI e 49,3% menos chance de morrer.
O esquema de vacinação completa mostrou-se efetivo para os dois imunizantes e em todas as faixas etárias, com exceção de indivíduos com 90 anos ou mais. Este resultado, no entanto, já era esperado, uma vez que a efetividade da vacina diminui para esta faixa etária.
Com informações do UOL