O estado de São Paulo registrou a menor média diária de novas internações por Covid-19 em toda a pandemia na semana encerrada ontem (29), período em que foram apontadas 740 hospitalizações/dia. A queda é de 11,9% em relação à semana epidemiológica anterior. Apesar disso, a pandemia, especialmente por conta da variante delta, mais transmissível, ainda preocupa. Por isso, é importante não abandonar os protocolos sanitários, como uso de máscara, de álcool em gel e manter o distanciamento físico.

A queda nos números do estado mostra que o avanço da vacinação tem surtido efeitos. Vale lembrar que, no pico da segunda onda da pandemia, no início de março, o número médio de internações diárias bateu na casa dos 3.300.

Além disso, a média diária de novos óbitos também caiu. A última semana epidemiológica encerrou esse indicador com 188 mortes, redução de 20,7% em relação ao período anterior. Esse número foi quatro vezes maior entre a segunda e terceira semana de março.

Pela primeira vez em 2021, os novos casos também chegaram a uma média diária inferior a 6 mil, atingindo 5.865 nesta semana, com um declínio de 8,4% comparando-se à semana epidemiológica antecedente. Essa média chegou a ultrapassar 17,6 mil no final de maio.

Vacinação

Apesar de esses números trazerem uma ponta de esperança, ainda é cedo para comemorar. O governo do estado liberou eventos sociais e corporativos, além de visitas a museus, com restrição de público, e é preciso atenção a essa flexibilização.

O Rio de Janeiro, por exemplo, tem situação preocupante com a variante delta, com crescimento de mortes e ocupação de leitos hospitalares com pacientes com Covid-19. O último boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também alertou para uma possível nova onda da doença no país se houver relaxamento das medidas sanitárias.

Em São Paulo, foram distribuídas 50.339.643 milhões de doses de vacinas. Pouco mais de 74% da população foi imunizada com ao menos uma dose, mas apenas 36,63% receberam as duas ou a dose única (Janssen).

O governo do estado também anunciou para o dia 9 início da dose de reforço para a população a partir de 60 anos, uma vez que tem crescido o registro de casos da doença entre idosos já imunizados com duas doses.