Notícia
Pesquisa publicada na prestigiosa revista científica “The Lancet” mostra aumento de 38% de eventos adversos gastrointestinais em pacientes que utilizaram hidroxicloroquina como tratamento precoce para a Covid-19. Além disso, o estudo também apontou alta de 145% em sintomas no aparelho digestivo provocados pelo mesmo medicamento.
O coordenador do estudo, Paulo Martins-Filho, da Universidade Federal de Sergipe, disse que, felizmente, não houve registros de óbitos e casos de arritmia cardíaca devido ao uso do medicamento, o qual pesquisas já atestaram a sua ineficácia para tratar ou prevenir a Covid-19.
Ao todo, cinco pesquisadores realizaram o estudo. Eles apontaram ainda que os resultados “não mostraram benefícios clínicos da hidroxicloroquina como profilaxia pré e pós-exposição e tratamento de pacientes não hospitalizados e hospitalizados com Covid-19”.
Martins-Filho disse não restar dúvidas de que a hidroxicloroquina não funciona e deve ser abandonada para qualquer tipo de tratamento contra a Covid-19.
"Nossa meta-análise não mostrou uma diminuição do risco de desenvolvimento da doença quando a hidroxicloroquina foi utilizada de forma profilática e não verificou benefícios clínicos quando prescrita para pacientes com diversos graus de severidade da Covid-19", afirmou.
Com informações do UOL.