Notícia
Um ladrão que fingiu ser paciente aproveitou o intervalo de almoço das trabalhadoras e trabalhadores da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Zatt, em Pirituba, na zona oeste da capital paulista, para roubar ao menos seis celulares de funcionários. A ação aconteceu por volta das 13h30 de ontem (31) e, segundo informações de testemunhas, ele já foi encontrado pela polícia e parte dos celulares, recuperados.
Como as trabalhadoras e trabalhadores do local ficaram muito assustados, houve suspensão da vacinação contra a Covid-19 na tarde de ontem, mas foi retomada hoje.
Uma representante sindical, que não presenciou a ação mas ouviu relatos de pessoas que estavam no local, disse que o homem tinha meia idade, usava um boné e carregava uma sacola de plástico nas mãos, onde a arma estava escondida.
“Meus colegas contaram que ele ficou um tempo sentado em frente à cozinha utilizada pelos funcionários, como se estivesse aguardando atendimento. Naquele momento, ao menos cinco funcionários estavam se preparando para almoçar. Quando um deles foi entrar na cozinha, ele se aproveitou, entrou junto e os trancou no local”, disse ela, que pediu para não ser identificada.
Os únicos itens roubados, segundo ela, foram os celulares. “Não houve agressão. Mas aqueles que perceberam a ação já saíram avisando pelos corredores, trancando salas onde pacientes eram atendidos. Algumas pessoas, assustadas, chegaram a passar mal e precisaram de atendimento”, lamentou.
Não é a primeira vez
Nesta manhã, o diretor da Região Oeste III da capital do SindSaúde-SP, Silas Lauriano Neto, esteve no local para ouvir os relatos e saber como os funcionários estavam. “A falta de segurança é uma rotina na região, o que deixa as trabalhadoras e trabalhadores muito apreensivos. Nós estamos nos mobilizando para cobrar providências para que se aumente a segurança do local”, disse.
Ao lado da UBS funciona uma AMA Especialidades, mas a ação do ladrão foi apenas na unidade básica.
Na UBS, há ao menos 50 funcionários trabalhando, sendo sete do estado, 15 da prefeitura e ao menos 30 da organização social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
A representante sindical ouvida pela equipe de comunicação do SindSaúde-SP disse que, nos próximos dias, haverá reunião do Conselho Gestor da Saúde, para discutir, entre outras pautas, a questão da segurança na região, pois outras UBSs também já foram assaltadas.
“Há só um vigilante patrimonial, que faz rondas esporádicas, e é preciso que se discuta esse tema, que é muito importante porque as trabalhadoras e trabalhadores trabalham frequentemente com a sensação de insegurança. O problema não é local, mas regional”, disse.
Desde março deste ano, segundo ela, a UBS é gerida pela SPDM.