O Ministério da Saúde teve que descartar remédios, vacinas e testes de diagnósticos, entre outros itens avaliados em um total de R$ 240 milhões. Conforme informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, foram descartados 3,7 milhões de artigos farmacológicos, que começaram a perder o prazo de validade há mais de três anos.

Os itens estão no cemitério de insumos do Sistema Único de Saúde (SUS), que fica na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

A lista de itens do estoque é mantida sob sigilo pela pasta, mas a equipe de reportagem do jornal teve acesso a tabelas com dados sobre todos eles, incluindo tipo, data de validade e valor pago.

Entre os produtos vencidos estão 820 mil canetas de insulina, que somam R$ 10 milhões, além de outros medicamentos destinados a pacientes do SUS para tratamento de doenças como hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais.

O ministério também deixou vencer um lote inteiro de frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e outras doenças, prejuízo avaliado em R$ 50 milhões.

Outro lado

O diretor do Departamento de Logística do MS, general da reserva Ridauto Fernandes, disse à reportagem do jornal que a perda de validade de produtos “é sempre indesejável”, mas ocorre “em quase todos os ramos da atividade humana”.

Com informações da Folha de S.Paulo.