Toda a situação imposta pela pandemia na infraestrutura da saúde pública brasileira tem trazido muitas dificuldades para quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar exames diagnósticos. Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Ministério da Saúde mostram que foram realizados 785 milhões de procedimentos desse tipo no ano passado, queda de 20% em relação a 2019 (982 milhões).

Conforme informações divulgadas em reportagem do portal de notícias “UOL”, esta foi a primeira vez em oito anos que o número de procedimentos diagnósticos feitos no SUS ficou abaixo de 800 milhões.

A queda é explicada pelo adiamento de exames de rotina por parte de pacientes que preferiram manter-se isolados na pandemia e, também, pela suspensão de atendimentos não urgentes (eletivos), pois boa parte das unidades de saúde tiveram que priorizar o atendimento de casos de Covid-19.

Preocupação

Especialistas estão preocupados com o adiamento desses procedimentos, pois isso alarga ainda mais os gargalos do SUS.

Além de aumentarem a fila de espera por esses procedimentos, o adiamento pode piorar casos de doenças como o câncer, cujo diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Dados do portal DataSUS mostram que houve queda expressiva no número de alguns exames, como Papanicolau (66,9% menos), que é de suma importância para detecção de lesões no colo do útero; mamografia (menos 20,8%); e dosagem de PSA (redução de 26,9%), que auxilia na descoberta do câncer de próstata.

Com informações do UOL.