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    Brasil e África do Sul são polos de mutações do coronavírus, diz estudo
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    14/09/2021

    Crédito Imagem: Internet

    A gestão ineficiente do governo brasileiro para conter o avanço da pandemia de Covid-19 fez com que o país, juntamente com a África do Sul, se transformasse em celeiro de mutações do coronavírus. Estudo elaborado por cientistas brasileiros mostra que nova linhagem do vírus foi encontrada em 278 amostras no país, enquanto na Europa, por exemplo, foi o equivalente a uma para cada 1.046 avaliadas, ou seja, uma probabilidade quase quatro vezes maior no Brasil.

     

    O estudo, feito por seis cientistas brasileiros e publicado na revista científica “Viruses”, avaliou a distribuição das mutações nas cinco regiões brasileiras, entre março de 2020 e junho de 2021, e as comparou com o restante do mundo.

     

    Conforme a publicação, até junho de 2021, o Brasil teve a presença de 61 linhagens do SARS-CoV-2 nas cinco regiões brasileiras, com alta predominância da variante gamma, surgida no Amazonas.

     

    Linhagens

    De acordo com a pesquisa, algumas das mutações encontradas no Brasil viraram linhagens e até variantes, sendo que estas últimas carregam mutações mais acentuadas.

     

    No início, as linhagens B.1.1.28 e B.1.1.33 dominaram o cenário nacional, dando lugar, meses depois, para a P.2, que também conseguiu, no final do ano passado, ser responsável por muitas das infecções de Covid-19.

     

    Em janeiro de 2021, o cenário mudou, e a P.1 (gamma), originada no Amazonas, virou dominante absoluta, sendo responsável por 100% dos casos em muitos estados do país durante a segunda onda.

     

    A gamma é responsável por número maior de mutações, que fizeram o coronavírus ser mais transmissível.

     

    Os pesquisadores disseram que muitas das variantes estudadas permaneceram no Brasil, enquanto outras foram transitórias, o que é um indicativo de que o país, ao não adotar medidas mais restritivas de circulação de pessoas, permitiu o espalhamento do vírus.

     

    Ainda segundo os pesquisadores, a não adoção de medidas de contenção juntamente com as superpopulações de Brasil e África do Sul, com destaque para a densidade populacional das grandes cidades (mais gente habitando um espaço menor), permitiram o espalhamento do vírus e, consequentemente, o surgimento das mutações.

     

    Novo país no páreo

    Os pesquisadores ainda apontaram que, neste ano, a Índia entrou para o grupo de países com mais mutações do coronavírus, com destaque para a variante delta, mais transmissível.

     

    Com informações do UOL










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