Sorocaba: Audiência pública discute demanda de saúde represada durante a pandemia
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    Sorocaba: Audiência pública discute demanda de saúde represada durante a pandemia
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    20/09/2021

    Crédito Imagem: Câmara Municipal de Sorocaba

    O diretor regional do SindSaúde-SP em Sorocaba, André Diniz, participou da Audiência Pública que discutiu o represamento dos atendimentos em serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi realizado na Câmara Municipal de Sorocaba, no dia 9 de setembro, por iniciativa da vereadora Iara Bernardi.

     

    Na ocasião, Diniz, destacou a falta de trabalhadores e trabalhadoras da saúde e citou o caso do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), que possui, atualmente, um déficit de aproximadamente 800 trabalhadores. “A falta de oferta de serviços, muitas vezes, está relacionada à falta de trabalhadores. O CHS quando estava nas mãos da administração direta, várias vezes, teve que cancelar cirurgias, por falta de anestesistas. Não era falta do campo cirúrgico, nem de material, era por não ter aquele profissional”, lembrou e completou: “A situação de falta de trabalhadores continua, mesmo com a mudança para a iniciativa privada.”

     

    O diretor também pontuou a atuação dos profissionais de saúde independentemente da situação de calamidade pública. “Os trabalhadores foram muito aplaudidos durante a pandemia, mas é importante ressaltar que eles sempre estiveram na linha de frente antes, durante e estarão no pós-pandemia”, disse ao citar a longa situação de precarização de trabalho enfrentada por esses profissionais.

     

    O déficit de trabalhadores na saúde, segundo o Diniz, ocorre em muitos casos, pela baixa remuneração e pelas péssimas condições de atuação. “Uma pesquisa da FioCruz aponta que 50% dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde se sentem exaustos, devido à sobrecarga de trabalho e desses pelo menos 45% precisam de dois empregos para poder suprir suas necessidades”, alertou.

     

    Mulher trabalhadora

    Outro ponto abordado é que quase 70% dos trabalhadores da saúde pública estadual são mulheres, que além da dupla jornada profissional, ainda têm os cuidados com seus lares, filhos e familiares. “A sobrecarga em cima dessas trabalhadoras é muito grande. É necessário que os gestores tenham um olhar diferenciado para a situação dessas profissionais. Não estou falando apenas de reconhecimento financeiro, que muitas vezes não temos nem um piso salarial adequado, mas também pela longa jornada. Há trabalhadores que cumprem mais de 80 horas semanais e não conseguem ter o reconhecimento nem das próprias instituições nas quais eles servem”, enfatizou.

     

    Clique aqui e assista à audiência pública.










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