Notícia
O Ministério da Saúde anunciou ontem (24) a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para profissionais de saúde, mas sem informar o início do cronograma de vacinação. A terceira dose a essas trabalhadoras e trabalhadores será dada preferencialmente com o imunizante da Pfizer e é necessário que o profissional tenha completado o ciclo vacinal com duas doses a ao menos seis meses.
A decisão foi tomada após reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI-Covid) e anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que cumpre quarentena nos Estados Unidos por estar com Covid, em sua conta na rede social Twitter.
“Acabamos de aprovar a dose de reforço para profissionais de saúde, preferencialmente com o imunizante da Pfizer, a partir de seis meses após a imunização completa. Essa é a maior campanha de vacinação da história do Brasil: já são quase 230 milhões de doses aplicadas. Brasil unido por uma Pátrica Vacinada”, disse o ministro na postagem.
De acordo com informações do site do MS, a pasta distribuiu um lote de 2,2 milhões de doses para reforço da vacinação de idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos e, até o momento, 412,5 mil pessoas já receberam a terceira dose.
São Paulo
O município de São Paulo registrou crescimento de 46,7% de profissionais de saúde com Covid-19. Por essa razão, a prefeitura encaminhou ofício ao governo estadual pedindo prioridade na aplicação da dose de reforço nesse grupo. Até o fechamento deste texto, o governo não havia respondido se estuda ou não a medida.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, da última quinta-feira (23), 342 profissionais de saúde estavam afastados com Covid-19, ante 233 no início do mês. Outros 1.072 estavam licenciados por estarem com sintomas gripais, enquanto no começo do mês eram 934.
O número de casos confirmados de Covid-19 entre profissionais de saúde vinha em queda desde junho, mas voltou a crescer no início de setembro, seis meses após a conclusão da imunização deles, ocorrida no mês de março.
Estudos mostram que a proteção contra a Covid-19 oferecida por duas doses começa a diminuir após seis meses de aplicação.
Na última quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo anunciou que profissionais de saúde podiam se inscrever na fila da xepa para a terceira dose. Qualquer profissional com mais de 18 anos, que tenha tomado a segunda dose ou dose única a, no mínimo, seis meses, pode se candidatar à fila das doses remanescentes.
Avanço da delta
Apesar de o avanço da vacinação ter começado a reduzir o número de internações pela doença no país, os óbitos pela doença voltaram a crescer no país. O Brasil registrou ontem o terceiro dia de alta de mortes pela doença, após três meses de queda. Foram 680 mortes registradas nas 24 horas encerradas na sexta, completando 593.663 óbitos desde o início da pandemia, e 21.327.616 casos confirmados da doença.
Por outro lado, o número de internações tem caído, como mostram dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. No âmbito estadual, foram registradas ontem menos de 5 mil internações por Covid pela segunda vez na semana. Até a data, havia 4.964 pacientes internados em todo o estado, sendo 2.417 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e 2.547 em enfermarias.
Mas o avanço da variante delta, originária na Índia e mais transmissível, preocupa. Balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria mostra que a cepa já é predominante em todo o estado. Dos 5.428 casos autóctones (transmissão comunitária), 55,6% representam essa variante e 43,4%, a gama.
Com informações da Folha de S.Paulo