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    Pandemia derruba ainda mais meta de cobertura vacinal infantil no Brasil
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    30/09/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A pandemia prejudicou ainda mais o cumprimento das metas de cobertura das vacinas infantis previstas no Programa Nacional de Imunização (PNI). Em 2020, a vacinação atingiu 75% do público-alvo, quando o ideal são taxas acima de 90% para garantir que a imunização completa. Mas a queda já vinha sendo registrada desde 2015.

     

    Uma das explicações de especialistas é que o isolamento social imposto pela pandemia fez com que muitos pais não quisessem levar seus filhos a se vacinarem com medo de contaminação.

     

    Conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a vacinação infantil é obrigatória no Brasil. O pagamento do auxílio do Bolsa Família, por exemplo, está condicionado à vacinação em dia das crianças das famílias beneficiárias.

     

    Pandemia

    A cobertura de vacinação alcançou, no ano passado, os mesmos índices apontados nos anos 1980. Pode-se dizer que a pandemia explica apenas parte do problema, uma vez que as metas já não vinham sendo cumpridas desde 2015.

     

    O documento "Panorama da Cobertura Vacinal no Brasil", do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, lançado em maio passado, diz que "o Brasil e o mundo têm visto as vacinas se tornarem vítimas de seu próprio sucesso".

     

    "A percepção de baixo risco por conta do enorme declínio na prevalência e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis e o aumento da preocupação com a segurança e confiabilidade das vacinas têm levado a uma redução na cobertura vacinal e ao ressurgimento de surtos de doenças", mostra o relatório.

     

    Volta de doenças

    A queda nas metas já é sentida no país com a volta de doenças consideradas controladas, como o sarampo, cuja proteção está inclusa na vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

     

    Em 2016, a OMS (Organização Mundial de Saúde) conferiu ao Brasil o certificado de erradicação da doença, mas, três anos depois, o país perdeu a certificação.

     

    Só em 2019, o Brasil registrou 20.901 casos de sarampo, enquanto, em 2020, foram confirmados 8.448 casos da doença.

     

    Para conferir o calendário de vacinação do PNI, clique aqui.

    Com informações do UOL










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