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O SindSaúde-SP, por meio da diretora da região Sul, Rita Lemos, realizou uma assembleia com os trabalhadores e as trabalhadoras do Ambulatório Regional de Especialidades (ARE’s), do Hospital Regional Sul (HRS), na última segunda-feira (4), quando foi tratado do fechamento desse serviço.
Segundo os profissionais que atuam no ambulatório, na última quinta-feira (30), o diretor do Hospital, o Dr. Cesar Gebelli, informou que os serviços do ARE’s serão encerrados e que os trabalhadores serão realocados pelo HRS.
“Mais uma vez, o governo do estado de São Paulo com a sua política entreguista, de terceirizar para a iniciativa privada, quer fechar o ambulatório de especialidades do Hospital Regional Sul, prejudicando a população que precisa de atendimento especializado e os trabalhadores que atuam no serviço”, avaliou Rita Lemos, que conduziu a assembleia ao lado das diretoras regionais do SindSaúde-SP, Janaína Luna (centro da capital) e Kátia Aparecida Santos (Mogi das Cruzes e Alto Tietê).
A diretora regional explicou que, se o ARE’s for fechado, a população da região Sul poderá ficar sem consultas com urologistas, neurologistas, cirurgião vascular, oftalmologistas, sem contar os exames e o tratamento de alta complexidade.
“Todos esses serviços são prestados nesse equipamento de grande importância para a população”, completou.
Reunião com a gestão
Após a assembleia, o diretor do hospital informou às dirigentes sindicais que há uma discussão em curso, há cerca de um ano, de que o prédio do ARE’s será entregue à Prefeitura de São Paulo.
Contudo, Gebelli explicou que ainda não há uma data oficial para a transferência do ambulatório, mas se cogita realizá-la em 29 de outubro.
“Mais uma vez, quem paga a conta da má gestão é o trabalhador e a população que perderá um serviço de excelência”, disse a diretora, que complementou: “Não houve discussão prévia e nem avaliação da perda que haverá para a população, principalmente nesse momento crítico que estamos vivendo de pandemia. E os trabalhadores da saúde, que foram considerados heróis, continuam sofrendo com a desvalorização, má remuneração e retirada de direitos”.
Rita lembrou ainda que, além da falta de diálogo por parte do governo do estado em relação ao fechamento do ARE’s, os trabalhadores e as trabalhadoras ainda estão na luta contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 26, que retira mais direitos, como o reajuste automático anual do adicional de insalubridade e as folgas abonadas, entre outros.
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