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Enquanto governadores e prefeitos ensaiam tornar o uso da máscara facultativo, secretários de saúde se mobilizam para que o uso do acessório continue sendo obrigatório. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota pedindo que os gestores mantenham a obrigatoriedade do uso da máscara contra a Covid-19. O presidente da entidade, Carlos Lula, que assina o documento, enfatizou que o momento exige cuidados.
Na última terça-feira (5), a Prefeitura de Duque de Caxias (RJ) publicou um decreto desobrigando o uso de máscaras no município. A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro também pretende desobrigar o uso da máscara em ambientes abertos a partir de 15 de outubro.
O município de São Paulo também estuda uma data para adotar a medida, indicando que isso pode ocorrer a partir de novembro, mês em que toda a população adulta deve estar com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única da Janssen).
Segundo o Conass, o Brasil precisa espelhar-se nas experiências de alguns países que suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscara, afrouxaram as medidas de prevenção e voltaram a registrar aumento do número de casos e óbitos da doença, obrigando-os a retroceder no afrouxamento das regras.
A desobrigação do uso do acessório tem sido bastante criticada por especialistas em saúde, que frisam que o avanço da vacinação e a queda no número de ocupação de leitos hospitalares com pacientes de Covid-19 não significam que o país esteja em uma situação confortável, uma vez que ainda não há um percentual mínimo suficiente de brasileiros com o esquema vacinal completo.
600 mil vidas perdidas
Além disso, nesta sexta-feira (8), o país atingiu a marca das 600 mil mortes pela Covid-19. Nos últimos dias, a média diária de óbitos tem sido na casa das 500, indicador ainda muito alto. Para efeito de comparação, é como se de dois a três aviões grandes com passageiros caíssem por dia no país.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também recomendou manter as medidas contra a Covid-19 até que 80% da população esteja vacinada.
Até ontem (7), 97.212.008 habitantes receberam a segunda dose ou a dose única de imunizante contra a doença, o que representa 45,57% da população do país.
Com informações do UOL.