Notícia
A equação desemprego, inflação e alta dos juros fez com que o endividamento das famílias batesse recorde este ano. Segundo dados do Banco Central, as famílias brasileiras comprometem 59,9% da renda média anual pagando dívidas. Este é o maior patamar desde 2005.
Quando a conta não considera os financiamentos imobiliários, dívida considerada “saudável” por se tratar de um bem, o endividamento continua recorde: 37%. Segundo o BC, até julho de 2020 este porcentual nunca havia estado acima de 30%.
Pode piorar
Em agosto passado, as famílias comprometeram 30,9% da renda pagando juros e prestações, valor que inclui dívidas com financiamentos imobiliários, cartões de crédito e parcelamento de compras.
Por outro lado, a inadimplência mantém-se estável em 4,2%. Contudo, na taxa acumulada em 12 meses até setembro esse porcentual chegou a 10,25%.
Analistas temem que a alta da inflação pode forçar as famílias a atrasarem as prestações e que a perda do poder de compra dos brasileiros afete a recuperação da economia, uma vez que o consumo das famílias representa dois terços do Produto Interno Bruto (PIB, que é o conjunto de bens e serviços produzidos pelo país).
Com informações de O Globo