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    Trabalhadoras(es) do Iamspe fazem reunião para tratar sobre os impactos da falta de profissionais
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    20/10/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O SindSaúde-SP e a Associação de Funcionários do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Afiamspe) realizaram uma reunião com as trabalhadoras e trabalhadores do centro cirúrgico do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na manhã da última terça-feira (19), sobre a falta de profissionais e a terceirização do hospital.

     

    As trabalhadoras e os trabalhadores relataram que devido à retomada das cirurgias eletivas, muitas delas estão sendo agendadas próximo ao horário do término do plantão e por conta da falta de profissionais no turno da noite, muitas vezes, não há quem possa rendê-los.

     

    “O grande problema é que não recebemos hora-extra e nem podemos acumular banco de horas, pois não conseguimos tirar essas folgas”, explica Ana Cristina Manente, presidenta da Afiamspe e delegada sindical de base do SindSaúde-SP.

     

    Falta de RH

    Segundo Ana Cristina, a redução dos trabalhadores foi intensificada nesses dois últimos anos. Ela conta que o baixo salário é um dos motivos para que muitos trabalhadores tenham pedido demissão, em busca melhores oportunidades.

     

    Outo fator, foi a aprovação da Reforma da Previdência, em novembro de 2019, e por isso, muitos trabalhadores ao se aposentarem são obrigados a deixar seus postos. “Também perdermos muitos companheiros que faleceram ao longo dessa jornada, alguns deles levados pela Covid-19”, relatou a presidenta da Afiamspe.

     

    O Iamspe  que já contou com 3 mil profissionais na enfermagem, atualmente, não passa de 1.600. A gestão do instituto e o governo do estado de São Paulo optaram por não repor todo esse pessoal por meio de concurso público e está usando a lógica da privatização também dentro do HSPE. “O último concurso para o Iamspe caducou no dia 15 de setembro desse ano, sem que fossem chamados os candidatos aprovados”, lamentou Ana Cristina.   

     

    Terceirização

    Sem contratar novos profissionais, e com a necessidade de abrir mais leitos, postos de trabalho da enfermagem serão abertos por meio de uma empresa terceirizada no hospital, com isso, os trabalhadores e as trabalhadoras serão realocados no ambulatório.

     

    Mas, infelizmente, as privatizações já uma realidade para os trabalhadores, segundo Ana Cristina há pelo menos 20 empresas no HSPE, que são responsáveis pelos setores de fisioterapia, engenharia clínica, manutenção, limpeza, todo o pronto-socorro, entre outros. “Tomamos um susto quando descobrimos que praticamente  50%  dos recursos humanos do hospital já era terceirizado, com essas novas contratações para enfermagem, haverá mais trabalhadores terceirizados do que concursados diretos pelo Iamspe”, avaliou.

     

    Além de Ana Cristina, pelo SindSaúde-SP também participou da reunião a secretária de Assuntos Jurídicos e trabalhadora do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Regina Bueno.










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