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    Pandemia deve se arrastar por 2022 devido a grande desigualdade vacinal e social, alerta OMS
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    22/10/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a crise sanitária devido à pandemia de Covid-19 pode “facilmente se arrastar profundamente em 2022”, por causa da extrema desigualdade vacinal em relação aos países mais ricos e pobres.  Enquanto mais de 70% das doses aplicadas foram em cidadãos dos 10 países mais ricos do mundo, o continente africano vacinou totalmente apenas 5% de sua população. Essa média fora da África é de 40%.

     

    Mesmo o consórcio Covax Facility, criado pela OMS para entregar vacinas para os países mais pobres, não deve alcançar 30% de sua meta de 2 bilhões de doses. Até o momento, foram entregues menos de 371 milhões.

     

    “Nós realmente precisamos acelerar, ou sabe o que vai acontecer? Esta pandemia vai durar mais um ano do que precisa. Posso dizer que não estamos no caminho certo”, disse Bruce Aylward, alto diretor da OMS, em reportagem da BBC News. Ele reforçou que países com ampla disponibilidade de vacinas devem realizar uma “moratória” sobre a aplicação das terceiras doses.

     

    A ideia da organização é de vacinar, ao menos, 10% de todos os países antes que doses de reforço sejam aplicadas em pessoas sem comorbidades ou imunossuprimidas. Assim, o maior desafio para a superação da pandemia é a desigualdade.

     

    Desigualdade chave

    Em outro comunicado realizado na última quinta-feira (21) o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, apontou para a lentidão na vacinação dos profissionais da Saúde no mundo, além de ampla desigualdade. De acordo com levantamento da entidade, apenas dois em cada cinco trabalhadores estão completamente imunizados. O mesmo estudo indica que morreram de 80 mil a 180 mil profissionais desde o início do surto, em março de 2020.

     

    A grande margem de erro tem relação com a subnotificação de alguns países, como é o caso do Brasil, que não adotou uma política pública em nível federal de combate ao vírus. Ao contrário, o governo federal desdenhou das mortes e minimizou os vírus, além de ser acusado de diversos crimes na condução da crise. E por isso, a condução da pandemia culminou em investigação por meio uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

     

     

    A OMS insistiu que esse grupo deve ser prioritário em todo o mundo no processo de vacinação. Adhanom ponderou que também existe ampla desigualdade regional em relação às mortes de profissionais de saúde durante a pandemia. “É óbvio que essa média esconde enormes diferenças entre regiões e setores econômicos. Na África, menos de 1 em cada 10 profissionais da saúde foi completamente imunizado, enquanto na maioria dos países de renda alta, mais de 80% estão vacinados com o esquema completo”, disse.

     

    Com informações da Rede Brasil Atual










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