PNI está há quatro meses sem chefia. Brasil registra queda em cobertura vacinal
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    PNI está há quatro meses sem chefia. Brasil registra queda em cobertura vacinal
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    05/11/2021

    Crédito Imagem: Internet

    Em plena pandemia de Covid-19 e com queda na cobertura vacinal de doenças consideradas erradicadas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde está, desde 7 de julho, sem titular no comando, o que demonstra o descaso do governo com as campanhas de imunização do país.

     

    O PNI é uma referência mundial em vacinação, mas, nos últimos anos, tem sofrido com a falta de coordenação do governo federal. Essa é uma das razões para explicar a queda nas taxas de vacinação de doenças como meningite, hepatite B e paralisia infantil, que estavam próximas de 100% até 2015 e caíram para menos de 80% em 2020.

     

    Em julho do ano passado, a funcionária pública Francieli Fantinato, que estava na função desde outubro de 2019, deixou o cargo por descontentamento com a politização da vacina contra a Covid-19 por parte do governo. Com a sua saída, o cargo passou a ser ocupado por uma assessora técnica.

     

    Em 6 de outubro, o pediatra Ricardo Queiroz Gurgel, professor da Universidade Federal de Sergipe, foi nomeado, mas nunca chegou a tomar posse.

     

    Após semanas de espera sem um contato do ministério, ele foi por conta própria a Brasília e descobriu que não assumiria mais a função. "Cheguei ao ministério e fiquei esperando a chegada do secretário [de vigilância e saúde, Arnaldo Correia de Medeiros]. Mas disseram que ele estava afastado, por motivo de saúde, e veio um substituto. E essa pessoa que o substituiu me comunicou que não ia ter posse. Mas não disse o motivo", contou Gurgel.

     

    Para especialistas, a falta de titular demonstra o descaso das autoridades com o PNI. “Qualquer programa de saúde, em qualquer país no mundo, fica difícil de ser seguido sem coordenação e orientações centralizadas. É urgente, já passou da hora de a gente ter um coordenador”, criticou o infectologista Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

     

    Com informações do portal UOL










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