Notícia
Os problemas na cobertura médica e hospitalar do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe), no Oeste Paulista, foi tema de uma audiência pública realizada, na última quinta-feira (25), na Câmara Municipal de Presidente Prudente, que contou com a participação do diretor regional do SindSaúde-SP e representante da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe, Paulo Roberto Índio do Brasil.
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Em sua fala, Índio explicou que nos últimos meses realizou diversas visitas nos locais que prestam atendimento aos trabalhadores do serviço público na região, entre eles a Santa Casa da cidade.
Segundo Índio, a Santa Casa recebe pelo convênio com o Iamspe o valor de R$ 700 mil por mês, além disso, há o pagamento de mais R$ 300 mil de sobreteto, que é referente aos atendimentos que ultrapassam o acordado em contrato. “Mas se os trabalhadores não conseguem ser atendidos, como há essa cobrança?”, indagou o diretor, que aponta que somente com transparência nos dados de atendimento será possível esclarecer se essas contas estão corretas.
Além de Índio, estiveram entre os integrantes da mesa da audiência Pública, os vereadores Demerson Dias, Enio Perrone, William Leite e da Federação dos Policiais Civis (Feipol) da Região Sudeste, Márcio Pino.
Índio destacou que deve haver transparência na gestão dos recursos do instituto, pauta que já era cobrada pelos trabalhadores há muitos anos e que se tornou urgente desde a aprovação da Lei nº 17.293, de 2020, que aumentou a alíquota do Iamspe, e o financiamento do convênio passou a ser, quase que totalmente, feito pelos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, ficando a cargo do governo do estado apenas pouco mais de R$ 4 mil.
Apoio local
A audiência foi convocada por todos os vereadores da Câmara de Presidente Prudente, tendo em vista o grande número de queixas que estão recebendo em relação ao atendimento do instituto na região.
No documento que convocou o debate público, os parlamentares destacaram que o Iamspe "tem como missão melhorar a qualidade de vida dos contribuintes e beneficiários por meio da promoção, prevenção e reabilitação da saúde, com apoio contínuo ao ensino e pesquisa". Contudo, “milhares de contribuintes e beneficiários paulistas sofrem com a má prestação de assistência médica e hospitalar que deveria proporcionar conforto para estas famílias."
Com base nas diversas denúncias recebidas pelos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público estadual que vivem na região, os vereadores pontuaram no documento a necessidade de "se tornar público como é feito o reajuste da tabela para conveniados e credenciados; além de esclarecer as reclamações das entidades filantrópicas acerca do repasse", tendo em vista que não há atendimento da rede própria na região.
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