Meninos negros são as principais vítimas de mortes violentas de jovens no Brasil
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    Meninos negros são as principais vítimas de mortes violentas de jovens no Brasil
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    03/12/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Dados do último relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, de cada 10 mortes violentas intencionais, na faixa de 0 a 17 anos, aproximadamente 8 são de crianças e adolescentes negros. A maioria das vítimas é do sexo masculino (86%) e está na faixa dos 15 aos 17 anos (82%).

     

    O estudo “Violência contra Crianças e Adolescentes” foi feito a pedido da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, com base em boletins de ocorrência de 11 estados mais o Distrito Federal, e engloba cinco tipos de crimes contra crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Os registros são do período de janeiro de 2019 a junho de 2021.

     

    Os crimes são maus tratos, lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica, exploração sexual, estupro e mortes violentas intencionais (homicídios quando há intenção de matar, feminicídio, latrocínio [roubo seguido de morte], lesão corporal seguida de morte e óbitos em consequência de violência policial).

     

    Das 3.717 mortes violentas intencionais apontadas naquele período, 78% delas foram de crianças e adolescentes negros. Quanto mais velhas as vítimas, mais escura é a cor da pele.

     

    Estupro: crime mais comum

    De janeiro de 2019 a junho de 2021, foram apontadas 129.844 ocorrências entre os cinco tipos de crimes avaliados nas 12 unidades da federação brasileira, o que dá uma média de 136 casos de violência por dia, conforme os pesquisadores.

     

    Daquele total, 73.442 foram crimes de estupro; 28.098 de maus tratos; 23.494 de lesões corporais dentro de casa; 3.717 de mortes violentas intencionais; e 1.093 de exploração sexual.

     

    As principais vítimas de estupro, exploração sexual e violência doméstica são as meninas, sendo que 56% das vítimas de exploração sexual foram crianças e adolescentes negros, enquanto a maioria das vítimas de maus tratos (58%) era de cor branca.

     

    Importante salientar que, exceto as mortes violentais intencionais, os outros crimes caíram no período analisado, apontando leve alta de janeiro a junho deste ano. Mas, ainda assim, não chegaram aos níveis pré-pandemia, o que pode ser um indício de que houve subnotificação.

     

    Com informações da Folha de S.Paulo

     










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