As trabalhadoras, principalmente aquelas na faixa dos 30 aos 39 anos, que ganham mais de um salário mínimo, foram as mais impactadas pelo desemprego em 2020, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). No ano passado, o Brasil perdeu 480,3 mil empregos formais (CLT), dos quais 462,9 mil (96,4%) eram ocupados por mulheres.

Outra pesquisa feita pela LCA Consultores, divulgada pelo jornal “Valor Econômico”, mostra que a proporção de mulheres no estoque de empregos formais (43,6%) foi a menor desde 2014 (43,2%), após crescimento durante o governo de Dilma Rousseff.

Os dados revelam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, o que coloca as mulheres em situação de mais vulnerabilidade social. A independência financeira feminina é essencial para libertar as mulheres de relações abusivas. Muitas acabam aceitando a situação de violência cotidiana por dependerem de seus agressores.

Faixa etária mais prejudicada

De modo geral, dados da Rais mostram que o saldo negativo de emprego foi maior na faixa etária entre 30 a 39 anos, que ocupava 379,9 mil das vagas que foram fechadas. Já para os indivíduos na faixa dos 40 aos 49 anos, houve criação de 165,1 mil novos postos.

Na totalidade, foram perdidas 254,2 mil vagas formais, 215,1 mil estatutárias e outras 11 mil dentro de diferentes normas trabalhistas.

Além disso, houve também redução de 104 mil vagas para aprendiz, enquanto foram criados 92,2 mil postos temporários.

Das poucas criadas, a maioria era de remuneração baixa – de meio a um salário mínimo.

Com informações da CUT