Notícia
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, em seu mais recente boletim observatório, que as pessoas vacinadas devem se preocupar com a variante ômicron. Em entrevista publicada no “Brasil de Fato”, o médico infectologista e professor do curso de medicina da Universidade de Fortaleza (Ceará) Keny Colares falou sobre uma possível nova onda da doença, a exemplo do que temos visto acontecer na Europa.
De acordo com o médico, “mesmo depois de julho, com o avanço da vacinação - e eles (Europa) estão, digamos, mais avançados do que nós – a gente observou epidemias na Inglaterra, Estados Unidos, Israel, entre outros, ou seja, a gente foi tendo epidemias em locais com nível de vacinação bem maior do que o nosso”.
Por isso, o médico disse que, mesmo o Brasil estando em uma situação boa, com redução de casos e óbitos, é preciso estar alerta a respeito da nova cepa do Sars-Cov-2, sobre a qual ainda não há muitas informações. “A primeira coisa que chamou muita atenção é a quantidade de mutações ou de mudanças que tinham no código genético dela, muito maior do que todas as outras.”
Ainda, o médico disse que o fato de ela ter se espalhado de forma tão rápida é preocupante, principalmente porque ainda não se sabe sobre a sua capacidade de gerar casos mais graves, se as vacinas já existentes são eficazes, entre outros aspectos.
Cuidados
Por tudo isso, o médico disse que não há nenhum cuidado novo com a variante ômicron, e que os protocolos já existentes devem ser mantidos, incluindo para aquelas pessoas que já estão com ciclo vacinal completo.
“Até que se prove o contrário, o uso da máscara continua sendo eficiente para barrar o contágio, a ventilação do ambiente e o distanciamento social mínimo. O que estava acontecendo é que estava todo mundo descuidando dessas medidas, e precisamos voltar a nos policiar quanto a isso”, frisou.