Notícia
O mundo vive uma encruzilhada, com pandemia, crise climática e tecnologias digitais que ameaçam os direitos humanos. Estes são os dilemas da humanidade na atualidade, segundo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, por ocasião do Dia Universal dos Direitos Humanos, celebrado nesta sexta-feira (10).
Com o tema “redução das desigualdades”, a data é um momento de reflexão importante para a humanidade, se queremos construir muros ou pontes para o futuro.
No caso do Brasil, vivemos tempos de muita desigualdade social, com mais de 14 milhões de desempregados ou trabalhando na informalidade, em condições de trabalho muito precárias; o país voltando para o mapa da fome, com indivíduos buscando comida no lixo para sobreviver; famílias inteiras morando na rua, sem perspectiva de futuro.
Crianças sem futuro
Mas essa situação, segundo Guterres, não se restringe ao Brasil. No mundo, a pobreza e a fome estão aumentando porque as nações estão fazendo menos para proteger seus cidadãos.
Na opinião do secretário-geral, quem perde mais nessa encruzilhada que vivemos são os milhões de crianças que estão perdendo o direito à educação, o que coloca uma grande incerteza no futuro das próximas gerações.
Para ele, a recuperação da pandemia é uma chance de as nações expandirem os direitos humanos e as liberdades, além de ser uma oportunidade para construir mais confiança e imparcialidade nas leis e nas instituições.
Histórico
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada há 73 anos (10 de dezembro de 1948) pela assembleia geral da ONU.
Os princípios estabelecidos no texto continuam a ser a chave para a realização de todos os direitos humanos, para todas as pessoas, em todos os lugares.
Em seu artigo primeiro, a declaração diz que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.
Que possamos nos lembrar desses princípios para atravessarmos esses tempos turbulentos e desafiadores, pensando mais no coletivo do que em nossas demandas individuais.
O SindSaúde-SP acredita que, quando os seres humanos compreenderem que a felicidade só é boa quando compartilhada, caminharemos rumo a um futuro melhor e mais humano a todos.
Para ler a Declaração Universal dos Direitos Humanos, clique aqui.
Com informações de www.unric.org/pt