Notícia
Quase 600 mil profissionais de saúde foram contaminados por Covid-19 ao longo da pandemia em todo o país. Para tratar do assunto, a “TVT” entrevistou o secretário de Administração e Finanças do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, e a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na subseção SindSaúde-SP, Joana Biava.
Segundo levantamento realizado por Joana, somente no estado de São Paulo 123 mil profissionais da saúde do serviço público (estadual e dos municípios) e do setor privado testaram positivo para o coronavírus, de março de 2020, quando a pandemia teve início, a 3 de janeiro de 2022.
“Desses profissionais, os mais afetados foram os técnicos e auxiliares de enfermagem, o que representa mais de um terço deles. Em seguida foram os enfermeiros com 15% e os médicos foram 10%”, relatou Joana.
A técnica do Dieese completou dizendo que “são ocupações que, além de serem as mais numerosas no setor da saúde, são os trabalhadores que mais tiveram contato com os pacientes e ficaram mais expostos nesse período”.
Subnotificação
O diretor do SindSaúde-SP reforçou que esses dados estão subnotificados, pois não houve testagem em massa. “Por falta de testagem, não tem como saber se os profissionais que estavam atuando estavam contaminados, mas estavam assintomáticos”, explicou Foganholi.
Outro ponto tratado na reportagem foi a afastamento dos 1.754 profissionais da saúde pública do estado de São Paulo com síndrome gripal ou Covid-19. “Com o alto número de afastamentos, quem fica na linha de frente fica cada vez mais sobrecarregado”, enfatizou Foganholi, que cobrou do poder público que dê uma atenção especial para os profissionais que estão colocando suas vidas em risco diariamente.
Protejam-se!
O dirigente sindical ainda fez um apelo para que todos continuem se protegendo. “É importante que todo o profissional de saúde utilize os EPI’s (equipamentos de proteção individual) e que toda a população faça uso de álcool em gel e máscara para evitarem se infectar e infectar outras pessoas, para que a gripe e a Covid-19 não avancem ainda mais”, finalizou.