Notícia
Das 3.212 amostras com a presença de coronavírus analisada pelo Instituto Todos pela Saúde, em parceria com os laboratórios DB Molecular, Dasa e CDL, mostrou a presença da variante ômicron em 98,7% delas (3.173 pacientes). Em estudos anteriores, a prevalência da ômicron foi de 9% (21 de dezembro), 31,7% (29 de dezembro) e 92,6% (6 de janeiro).
O estudo recente – o quarto a ser realizado - fez o sequenciamento de 8.121 amostras que foram coletadas entre os dias 2 e 8 de janeiro deste ano. Comparativamente ao estudo anterior, de 26 de dezembro a 1º de janeiro, subiu de nove para 18 o número de estados com indicação da presença da nova cepa, enquanto que nos municípios, o aumento foi de 80 para 191.
Entre a última semana de 2021 e a primeira de 2022, o número de testes RT-PCR positivo para a nova cepa subiu de 13,7% para 39,5%.
Especialistas que realizaram o estudo dizem que o resultado serve de alerta para que a população mantenha os protocolos sanitários, como o uso de máscaras, higienização constante das mãos com álcool em gel 70% ou água e sabão, além de evitar locais com aglomerações.
Eles também recomendam que os não vacinados procurem regularizar a situação, uma vez que a variante é mais branda entre os vacinados, enquanto que os não vacinados têm mais chances de desenvolver a forma grave da doença e risco maior de morrer.
Gama praticamente inexiste
A variante gama (P.1), que provocou colapso em Manaus em janeiro de 2021 e foi responsável por grande parte dos infectados e mortos na segunda onda, praticamente sumiu do Brasil. A conclusão é baseada no banco de dados da Rede Genômica, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Até ontem (12), foram colhidas e analisadas 94.188 amostras do SARS-CoV-2 (ou 417 por cada 100 mil casos). No Amazonas, onde surgiu, a última vez que a variante gama apareceu em amostras sequenciadas foi em 16 de novembro de 2021.
No país, as últimas três amostras de gama foram sequenciadas no início do mês de dezembro em São Paulo. Mas, segundo a Fiocruz, a extinção da gama é esperada, pois é natural a evolução e mutação do vírus.
Em relação ao SARS-CoV-2, o processo de evolução/mutação levou ao surgimento das chamadas variantes de preocupação (VOCs). As cinco VOCs identificadas até hoje são alpha (identificada no Reino Unido), beta (África do Sul), gama (Brasil), delta (Índia) e ômicron (África do Sul).
Com informações do UOL.