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O número de profissionais da saúde afastados na rede pública da capital paulista dobrou nos últimos sete dias. Segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, na última quinta-feira (13), atualmente são 3.193 afastamentos de profissionais de saúde em relação à semana anterior, quando eram 1.585 profissionais afastados, o que representa aumento de 101%.
Dos mais de 3 mil casos, 1.403 tiveram confirmação para Covid-19 no dia 13, enquanto no dia 6 de janeiro eram 269 casos. Isso significa que, em uma semana, houve alta de 380% no contágio entre trabalhadores da saúde municipal.
Para o SindSaúde-SP, esse aumento apenas reafirma como as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde pública, tanto da cidade quanto do estado, estão expostos ao risco de infecção, principalmente da ômicron, variante do coronavírus mais transmissível.
O aumento do número de casos entre trabalhadores acontece ao mesmo tempo que se registra alta da demanda no atendimento à população, com superlotações nos postos de saúde em decorrência da Covid-19 e de pacientes com sintomas gripais.
Enquanto isso, os profissionais que seguem na linha de frente ficam sobrecarregados e a população enfrenta longas filas de espera para o atendimento, já que o prefeito Ricardo Nunes segue a mesma linha do governo do estado, que privilegia a terceirização dos serviços e não abre concurso público com salários dignos para atrair novas contratações.
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