Notícia
A variante ômicron e sua alta capacidade de infectar cem pessoas a cada três segundos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está enchendo os hospitais de pacientes com Covid-19 novamente em todo o mundo. Ainda que ela seja menos letal que as variantes anteriores, o que ocorre, principalmente, pelo fato de grande parte da população brasileira estar imunizada contra a doença, especialistas dizem que ainda é cedo para antever o fim da pandemia.
Médicos entrevistados pelo portal “UOL”, em entrevista divulgada ontem (23), afirmaram que a ômicron também desenvolve quadros graves e mata pacientes, especialmente os não vacinados. “Os casos graves têm tido o mesmo comportamento das outras cepas. A mudança é mais no tocante à tendência de ser menos grave, mas tem potencial para agravar-se", afirma o pneumologista do Hospital Universitário de Brasília Ricardo Martins.
Na última quinta-feira (20), o mundo registrou 3,7 milhões de casos confirmados de Covid-19 devido à ômicron em apenas 24 horas. No dia anterior, o Brasil apontou 200 mil casos em apenas um dia, número que pode estar subnotificado pelos problemas de falta de testes.
Mentiras
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse, na quinta-feira passada, que é “criminoso difundir mentiras” referindo-se a comentários de que a ômicron sinaliza que estamos próximos do fim da pandemia. Segundo ele, os números não mostram isso.
Em uma clara resposta a comentários do presidente Jair Bolsonaro, que minimizou recentemente as mortes de crianças por Covid-19, Barra Torres disse que gostaria de saber se as pessoas disseminadoras de informações falsas vão noticiar o aumento de 70% de internação de crianças por Covid-19 nos últimos dias.
OMS
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, comentou, nesta segunda-feira (24), que se houver avanço e distribuição de doses de vacinas contra a Covid-19 pelo mundo, especialmente para países mais pobres, a fase aguda da pandemia pode acabar ainda este ano.
Na opinião dele, há meios para se chegar a uma situação mais estável, mas ainda é “perigoso” apostar no fim da pandemia.
Hoje, a OMS apresentou um plano de saída para a pandemia, que consiste em abandonar uma resposta à fase aguda da crise para um cenário de controle sustentável do vírus, priorizando a redução das infecções e aumentando a oferta de diagnósticos e de vacinas visando a redução no número de mortes.
Com informações do UOL e Reuters