Notícia
Os estados do Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte estavam com 100% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) ocupados por crianças com Covid-19 nesta quinta-feira (27). Bahia (93%), Pernambuco (88%), Goiás (84%) e Ceará (82%) estavam com o índice de ocupação acima dos 80%. São Paulo foi um dos estados que não deram informações sobre o tema, segundo reportagem publicada no jornal “Folha de S.Paulo”.
Importante ressaltar que os estados contam com poucos leitos desse tipo para crianças com Covid-19, pois estes exigem equipamentos específicos e equipes especializadas. Ao menos oito estados têm menos de 10 leitos para atender a esse público.
Uma das situações mais preocupantes era a do Mato Grosso do Sul, que, na última segunda-feira (24), tinha oito crianças na UTI (seis com suspeitas de Covid e duas fazendo tratamento), cujo número de vagas disponíveis é cinco. Na terça-feira, a taxa de ocupação estava em 100%, com cinco internados.
A Secretaria de Estado do Mato Grosso do Sul disse que, quando necessário, os pacientes com Covid-19 são alocados em leitos não exclusivos para a doença. O estado já vacinou 17.541 crianças de 5 a 11 anos até terça-feira, e 74% da população está completamente imunizada.
Atestado para vacinação
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) criticou a nota do Ministério da Saúde, divulgada ontem (26), sugerindo que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização” de seus filhos. Na opinião do Conass, o pedido pode “travar” a campanha de vacinação infantil contra a Covid-19.
Nesta quinta-feira (27), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou não ter visto a publicação do MS, mas ressaltou que a nota apenas faz uma recomendação. “Eu não vi essa nota, porque essa é uma nota da Secovid. Não é uma imposição, é uma recomendação. A campanha está indo bem, tem uma adesão satisfatória”, frisou.
Ontem (26), o Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 2,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para crianças.
Com informações da Folha de S.Paulo e G1