Notícia
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta sexta-feira (28), a venda de autotestes para detecção de Covid-19 no Brasil, a exemplo do que já acontece em outras partes do mundo. A venda do produto foi liberada para farmácias.
Com a autorização dos autotestes, espera-se que o Brasil consiga avançar na testagem de brasileiros(as), que é baixa comparativamente com outras nações. Além disso, muitas pessoas estão enfrentando dificuldades para conseguir realizar teste para a doença, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada.
Como vai funcionar
Qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, pode ir a uma farmácia, comprar o autoteste e seguir as instruções do fabricante. Menores de 14 anos só poderão fazê-lo com autorização de pais ou responsáveis.
Se testar positivo, o indivíduo “deve procurar uma unidade de atendimento de saúde (ou teleatendimento) para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientação pertinentes de vigilância e assistência em saúde", segundo orientação da Anvisa.
O gerente-geral de Tecnologia para Produtos de Saúde da Anvisa, Leandro Rodrigues, explicou que a autotestagem tem um caráter "orientativo", isto é, não necessariamente conclusivo. Por isso a recomendação de que o indivíduo que testar positivo vá até uma unidade de saúde para a confirmação do diagnóstico.
Apesar da liberação, ainda não existe no mercado nenhum autoteste aprovado pela Anvisa. Ou seja, o indivíduo deve estar ciente de que produtos que possam ser encontrados à venda ainda não são reconhecidamente seguros para essa finalidade.
Testagem baixa
A testagem no Brasil ainda é bastante baixa, o que pode indicar que há subnotificação de casos no país. Levantamento realizado pela Find, aliança global para diagnósticos, mostra que, entre 23 de janeiro de 2021 e 23 de janeiro de 2022, números coletados apontam que foram realizados diariamente no Brasil 0,58 teste por cada mil habitantes, índice que representa quase a metade da média mundial (1,1 teste por dia para cada mil pessoas).
Com informações do UOL.